Atlético Madrid 5-0 Las Palmas
Sem Griezmann, há soluções. Não houve dependência, pelo menos este sábado. O Atlético de Madrid, que não ganhava há três jogos (empate com o Real Madrid, derrotas com o Athletic e o Sevilha), regressou às vitórias frente a um Unión Deportiva Las Palmas macio na defesa e pouco ofensivo.
A primeira parte foi dominada do início ao fim pelos colchoneros. Griezmann foi poupado para a primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões contra o Inter (20 de fevereiro, 20:00), bem como Memphis, ausente do onze inicial devido a uma decisão técnica do "Cholo" Simeone.
O Atlético de Madrid trabalhou muito e, com uma pressão alta sufocante, deixou desconfortável a defesa da equipa de García Pimienta, que, fiel à sua ideia, tentou jogar fora de posição de forma defeituosa.
Aos 14 minutos, Samuel Lino enviou uma bola para Correa. O argentino prolongou a ação. Sergi Cardona limpou para Perrone. A bola ficou morta em terreno baldio e Llorente, posicionado como avançado este sábado, rematou com força, deixando Álvaro Valles sem hipótese. Seis minutos depois, Correa pressionou Saúl Coco ao sair de trás. O jogador do Las Palmas perdeu a bola. Correa fez um passe perfeito para Llorente e o médio bisou na partida aos 20 minutos.
A segunda parte, em vez de melhorar as sensações do Las Palmas, expôs mais erros defensivos dos canários. Um mau remate da defesa visitante à entrada da área encontrou a cabeça de Koke. O capitão cabeceou a bola para dentro da área. Correa, que fez um grande jogo, recebeu a bola e fez o 3-0 aos 47 minutos.
O golo de Correa marcou um antes e um depois na partida. Com 2-0, os canários continuavam a mostrar as suas intenções. Movimentavam a bola de um lado para o outro e tentavam deixar Oblak desconfortável. O terceiro golo, como era de esperar, fez baixar o moral dos jogadores do Las Palmas. García Pimienta fez três alterações. Suárez, Perrone e Sandro foram retirados. Araujo, Marc Cardona e Moleiro entraram aos 57'.
Aos 60', o árbitro decretou grande penalidade por uma entrada de Marvin sobre Samuel Lino. Correa cobrou com tranquilidade para fazer o 4-0, consolidando os colchoneros no quarto lugar da LaLiga e tirando também o Atlético de Madrid de uma série de três jogos sem vencer.
Os minutos finais foram aproveitados por Diego Simeone para dar minutos a novos jogadores. Memphis, Riquelme, Witsel e De Paul entraram em campo aos 62'. Koke, Llorente, Giménez e Lino foram para o banco. Aos 72', Pablo Barrios abandonou o relvado do Metropolitano, aplaudido de pé, para dar lugar a Vermeeren, recente reforço vermelho e branco.
Aos 87 minutos, em cima do apito final, Riquelme roubou uma bola isolado na esquerda. Correa criou uma nova jogada e Memphis, com um remate, fez o 5-0 final.
Valência 0-0 Sevilha
Valência e Sevilla protagonizam um duelo de grandes equipas em tempos de vacas magras. A equipa de Quique estava mais necessitada e entrou a morder, apesar de o primeiro remate ter sido de Sergi Canós.
Isaac Romero, o avançado da moda no futebol espanhol, pressionou Diakhaby e Mamardashvili como só ele sabe fazer até que a bola chegou a Mosquera, cujo cabeceamento foi no mínimo duvidoso e os jogadores do Sevilha pediram mão na bola.
O Valência reagiu com um grande cruzamento de Gayá para a área, que Yaremchuk cabeceou e obrigou a uma grande defesa de Nyland.
E como os golos não surgiam, ambas as equipas pediram penáltis por duas situações próximas da área adversária. Primeiro foi o Sevilha, depois de ver Diakhaby acertar em En-Nesyri. Nem o árbitro nem o VAR consideraram o lance como punível. O mesmo aconteceu na segunda parte, depois de Isaac Romero ter derrubado Foulquier. "Continua, continua", disse Soto Grado, o que provocou os assobios do Mestalla.
O Valência procurou o golo na segunda parte. Primeiro com um cabeceamento de Hugo Duro que saiu ao lado. Depois, com outra defesa de Nyland após um remate de Yaremchuk.
E, aos 84 minutos, Peter Federico fez um remate que quase surpreendeu Nyland. Nos últimos minutos, o argentino Alejo Véliz, que substituiu Isaac Romero, fez a sua estreia com a camisola do Sevilha. O emprestado do Tottenham estreou-se com um remate de cabeça que foi anulado por fora de jogo. Depois, Nyland voltou a impor-se nas bolas colocadas na área pela equipa de Baraja e Véliz deixou pormenores de força no ar. Mas o marcador não se alterou.
O Sevilha tem sete pontos de vantagem sobre a zona de despromoção, o que não é nada mau, tendo em conta a situação de há umas semanas atrás. O Valencia, por sua vez, está dois pontos atrás do Betis na zona europeia, mas com um jogo a menos.
Osasuna 2-0 Cádiz
Na ausência de "Chimy" Ávila, o Osasuna, uma equipa que nos últimos anos tem sido conhecida por tirar o máximo partido da potência dos seus avançados, recorreu à eficácia, força e boa condução de bolas aéreas de Ante Budimir, um avançado puro, um luxo, que resolveu um jogo que parecia emaranhado para os "rojillos" no El Sadar .
A primeira parte foi dominada pelo equilíbrio. O Osasuna, com a sua habitual agressividade, entrou a todo o gás. O Cádiz, consciente do que estava em jogo no El Sadar, decidiu refugiar-se na sua própria área e organizar as suas linhas à espera dos espaços para os homens de Jagoba Arrasate.
No que diz respeito às estatísticas, o Cádiz tentou mais do que a equipa da casa. Os andaluzes tiveram várias oportunidades de golo, evidenciando o jogo direto que Mauricio Pellegrino instaurou. Chris Ramos, aos 24 minutos, teve a oportunidade mais clara para o Cádiz quando, após receber um passe de Robert Navarro, falhou o alvo.
No início da segunda parte, a tática prevaleceu sobre a criatividade. O jogo jogou-se a meio-campo. Os avançados, desesperados, corriam atrás de bolas que acabavam nas mãos dos guarda-redes ou, no pior dos casos, passavam ao lado da baliza sem qualquer perigo.
O Osasuna evitou o envolvimento de Robert Navarro. A defesa dos encarnados cercou o jogador do Cádiz, que ameaçou Herrera com o seu talento durante a primeira parte. Os andaluzes, por seu lado, dedicaram-se a fechar os seus espaços e a optar por bolas longas para gerar riscos.
O jogo estava a ser decidido pela bola parada ou por erros não forçados. Budimir, especialista no jogo aéreo, recebeu, aos 64 minutos, um cruzamento do lado direito de García e, com um cabeceamento mortífero, fez o 1-0 para o Osasuna, que teve dificuldades em quebrar o impasse.
Já perto do fim, Budimir pediu grande penalidade por um alegado empurrão na área do Cádiz. Aos 86 minutos, Pablo Ibáñez perdeu uma oportunidade clara frente a Ledesma, mas Budimir, já nos descontos, fez o 2-0, depois de definir um contra-ataque com uma finalização espetacular.
