Aparentemente, toda a gente sabia que este momento tinha de chegar e, no entanto, foi difícil conter as lágrimas. Pouco antes do jogo com o Wisła-Stal, na tarde deste sábado, os jogadores de ambas as equipas formaram uma fila e Jakub Błaszczykowski saiu do túnel de acesso ao relvado.

Na bancada norte, mais de 5.000 pessoas formaram uma enorme inscrição com a alcunha do avançado, Kuba, a partir de bandeiras, toda a multidão de mais de 30.000 espectadores entoou o seu nome, apelido e um estrondoso agradecimento, e foram lançadas pirotecnias tricolores a partir do telhado do estádio.

Hoje já não importava que fosse a maior assistência da história da segunda divisão polaca, porque os espectadores tinham vindo despedir-se de um velho amigo.

Alguns lembrar-se-ão dele como um jovem que, apesar de um osso metatársico partido, correu durante todo o jogo contra o Panathinaikos. Outros recordam-no como um capitão experiente, com mais de 100 jogos no campeonato polaco. Outros como um rapaz que se esforçava por respeitar os adeptos, e ainda outros como um adepto que regressou ao clube, não pela reforma desportiva, mas pelo trabalho árduo e o esforço fora de campo.

O ex-capitão do Wisla deu um passeio no relvado para agradecer aos adeptos, em todas as bancadas do Estádio Henryk Reyman. E, tal como muitos fãs, também ele ficou emocionado e algumas lágrimas escorreram pela cara abaixo.

Antes de terminar a sua carreira futebolística no estádio Reymonta 22, Blaszczykowski despediu-se dos adeptos da seleção polaca no PGE Narodowy, em junho.

Por sua vez, na passada sexta-feira, 4 de agosto, recebeu a medalha Honoris Gratia do Presidente da Câmara de Cracóvia, pelos seus serviços especiais à cidade e à comunidade.