Ao fim de 16 minutos com a braçadeira de capitão, as bancadas do Estádio Nacional de Varsóvia compostas por mais de 50.000 pessoas levantaram-se e renderam homenagem ao segundo jogador mais internacional de sempre pela Polónia - só ultrapassado por Lewandowski (141).
A simbologia do número 16 - o que enverga nas costas - foi bem visível durante o encontro. No aquecimento, todos os jogadores polacos vestiram camisolas brancas com a sua cara e a inscrição "Kuba16". No momento da substituição, entregou a braçadeira a Lewandowski e foi aplaudido de pé pelas duas equipas, enquanto os ecrãs mostravam a mensagem: "Kuba, obrigado".
Foi rendido por Michael Skoras, 15 anos mais novo, que joga na mesma posição, mas só agora está a dar os primeiros passos na seleção, em mais um momento simbólico. A escolha da Alemanha como adversário também não foi casual. Błaszczykowski atuou no Borussia de Dortmund durante oito anos (2007-2015), foi duas vezes campeão da Bundesliga e perdeu amargamente a final da Liga dos Campeões com o Bayern de Munique, em 2013.
Depois de uma época na Fiorentina, regressou a terras germânicas para representar o Wolfsburgo por mais três anos, antes de regressar ao país natal e ao Wisla Cracóvia - do qual também é proprietário -, mas no início de 2021 sofreu uma grave lesão no joelho e só regressou em final março deste ano.
"Para o pequeno Kuba, a seleção nacional (polaca) era um sonho e depois tornou-se realidade. E agora está tudo a chegar ao fim... Mas a vida é assim mesmo. Desejo que todos os meus colegas de equipa e adeptos desfrutem cada vez mais desta equipa, para que seja o mais bem sucedida possível", disse na conferência de imprensa de antevisão ao encontro.
Polónia 1-0 Alemanha
No jogo jogado, pouco para contar a não ser uma história de desperdício e os alarmes que soam para um já muito criticado Hansi Flick.
O único golo do encontro surgiu à passagem da meia hora, quando Szymanski levantou um pontapé de canto para a área, onde surgiu Kiwior, jovem defesa contratado pelo Arsenal em janeiro, a cabecear para fora do alcance de Ter Stegen no único remate à baliza da turma do Engenheiro.
A Polónia só fez dois remates em todo o jogo, contra os 27(!) da Alemanha e Sczezny brilhou ao segurar a vantagem mínima.