As Bleues estão perante o seu destino. A seleção pode fazer história se vencer a Espanha na final da Liga das Nações, esta quarta-feira, e conquistar o seu primeiro título importante.
E para isso, segundo Hervé Renard, o trabalho está, antes de tudo, "na cabeça".
"Este é um momento especial para a equipa feminina francesa, por isso temos de o saborear. Não se pode deixar para amanhã o que se pode fazer hoje. Concentração, determinação e autoconfiança são as palavras de ordem. Trabalhamos sobre os jogos delas. Precisamos de ter os meios para contrariar os seus pontos fortes. Temos de ser capazes de pôr em prática o que identificámos. Antes de mais, temos de ser fortes na nossa mente e ter confiança nos nossos pontos fortes", afirmou o selecionador de França.
A importância de finalmente conquistar um título - contra a seleção espanhola - também foi destacada.
"Acho que é uma competição importante", disse Eugénie Le Sommer.
"É um pouco nova, por isso acho que as pessoas talvez ainda estejam a tentar perceber o que se passa. Mas para mim é um título, é uma competição. A equipa que ganha é a campeã europeia, por isso é importante", destacou.
As jogadoras da equipa francesa estão dispostas a lutar e a conquistar o troféu.
"Muitas das raparigas já disputaram finais pelo clube e pelo país, mesmo que não tenham sido com a equipa principal. Não me parece que o grupo seja diferente por se tratar de uma final. Outras jogadoras já o fizeram nas camadas jovens. Não é uma final do Campeonato do Mundo com a equipa principal, mas há uma certa experiência nesta equipa que por vezes esquecemos", lembrou.
"Ter um desejo insaciável de vencer"
A adversidade estará na ordem do dia. Hervé Renard e as suas jogadoras estão bem cientes disso. Mas as Bleus estão com fome.
"Estamos cientes de que enfrentaremos a melhor seleção do ranking da FIFA e a atual campeã mundial. É um desafio enorme", afirmou Renard.
"Preferimos enfrentá-las a vê-las pela televisão. Temos muita qualidade, vamos acreditar em nós mesmos. Jogos como este são decididos pelo detalhe e pelo rigor tático. Vamos ter de nos concentrar em todos os lances de bola parada. Jogamos futebol pela adrenalina, por isso não devemos ter medo. É preciso estar desesperado para vencer os adversários", defendeu.
Além dessa motivação, a França pode orgulhar-se do seu progresso na fase de grupos, bem como da vitória por 2-1 sobre a Alemanha, na meia-final.
"Estamos a fazer história, porque é a primeira final para a equipa francesa", disse Le Sommer.
"Estamos muito felizes com isso. Agora, como dissemos, viemos aqui para ganhar. Estar na final aproxima-nos mais desse objetivo. Ouvimos falar muito em teto de vidro, mas não estou preocupada com isso, é indiferente. As equipas jovens têm ganho muito, por isso não há razão para que o mesmo não aconteça a nível sénior. Muitas equipas estão a tentar conquistar um título a nível masculino e feminino, apesar de terem equipas muito boas, mas só há um vencedor. O desporto é assim. Temos de continuar a trabalhar e a acreditar. Enquanto não formos bem sucedidos, não desistiremos. Esta final é o primeiro passo para aquilo que viemos cá fazer", afirmou.