A (nada) bela Itália: Benfica empata com o Inter (3-3) e está fora da Champions

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A (nada) bela Itália: Benfica empata com o Inter (3-3) e está fora da Champions
Atualizado
Apesar do empate, o Inter festejou o acesso às meias-finais da Liga dos Campeões
Apesar do empate, o Inter festejou o acesso às meias-finais da Liga dos CampeõesOpta by Stats Perform/Benfica
O Benfica jogava esta quarta-feira, em Itália, a continuidade na Liga dos Campeões. A missão era difícil, a ambição garantia-se grande, mas o desfecho foi o menos esperado para a formação lusa, que empatou diante do Inter, mas falhou o acesso às meias-finais da Liga dos Campeões.

No Giuseppe Meazza, Inter e Benfica voltaram a encontrar-se num momento complexo para ambas as equipas. Os italianos contavam uma única vitória nos últimos oito jogos - precisamnete na Luz, contra os encarnados, na primeira mão -, enquanto a formação portuguesa vinha de três derrotas consecutivas - duas para o campeonato e uma para a Liga dos Campeões.

Recorde aqui as incidências do jogo.

À pressão criada pelos recentes resultados, juntavam-se dados históricos que nada abonavam a favor das águias: nunca haviam ganho ao conjunto de Milão em Itália, nunca haviam ganho por dois golos naquele país e só por uma vez haviam virado uma eliminatória depois de terem perdido por mais de um golo.

Simone Inzaghi foi conservador, apostando no mesmo onze que apresentou em Lisboa, e o mesmo pode dizer-se de Roger Schmidt, que promoveu uma única alteração, com o regresso de Otamendi para o lugar de Morato.

Os onzes de Inter e Benfica
Os onzes de Inter e BenficaFlashscore

Os primeiros dez minutos foram divididos, mas se a missão do Benfica eram, à partida, difícil, pior ficou à chegada ao quarto de hora de jogo. Na sequência de uma bola longa e na primeira vez em que o Inter chegou com perigo ao último terço, Dzeko ganhou posição sobre Otamendi e o esférico sobrou para Barella, que, depois de combinar com Lautaro Martínez, atirou de pé esquerdo para o primeiro golo do encontro.

A resposta das águias era tímida, talvez fazendo notar a falta de confiança causada pelo momento atual. Exemplo disso aconteceu aos 22 minutos, quando Gonçalo Ramos, em posição central, à entrada da área, preferiu servir João Mário em vez de atirar à baliza, permitindo a reação de Dimarco, que ganhou em velocidade e limpou o lance. Mais perigoso foi Grimaldo, que aos 30 atirou para estirada de registo de Onana, na cobrança de um livre direto à entrada da grande área dos transalpinos.

Em desvantagem, Roger Schmidt optou por não mexer e a verdade é que os encarnados cresciam no encontro. Tanto que chegaram mesmo à igualdade aos 38 minutos, quando Rafa, desde a direita, encontrou Aursnes com um cruzamento teleguiado e o médio, de cabeça, relançou a partida e a eliminatória.

O golo motivou o Benfica, que, movido pela crença, tentou manter o ímpeto e, apesar de até ao descanso não ter conseguido voltar a visar a baliza à guarda de Onana, o empate registado ao intervalo abria uma perspetiva interessante para a segunda parte.

As principais estatísticas da primeira parte
As principais estatísticas da primeira parteFlashscore

Voltar bem... e sofrer

Para a etapa complementar, o técnico germânico lançou David Neres, abdicando de Gilberto e colocando Aursnes na ala direita. E, já depois de um primeiro remate de Lautaro Martínez, que falhou por pouco o alvo, foi o extremo brasileiro quem ameaçou, investindo pela esquerda e obrigando Acerbi a corte providencial.

De seguida, o médio norueguês voltou a surgir em boa posição, já dentro da grande área contrária, atirando ao lado num lance que suscitou algumas dúvidas pela possibilidade de falta sobre Aursnes. Contudo, nem Carlos del Cerro Grande nem o VAR encontraram motivo para falta.

Pela esquerda ou pela direita, Neres aparecia, nesta fase, como o maior perigo para a baliza do Inter, que voltou a ameaçar à hora de jogo, num cabeceamento desviado de Dzeko após bom cruzamento de Bastoni, antes de Gonçalo Ramos ter tentado também a sua sorte com um remate que saiu ao lado.

O Benfica parecia melhor... mas foi o Inter que marcou. Com 65 minutos jogados, Dimarco combinou com Mkhitaryan antes de colocar a bola com conta, peso e medida na grande área, onde estava Lautaro Martínez para encostar

Com o cinismo italiano bem patente - especialmente pelo que vinha acontecendo nos minutos anteriores, o Inter deu uma "machadada" nas aspirações do Benfica, que caiu animicamente a partir desse momento. 

E se dúvidas pudessem persistir, Joaquin Correa dissipou-as em cima dos 80 minutos, numa boa jogada individual, na qual enfrentou a defesa encarnada antes de disferir um remate de belo efeito, de pé direito, para confirmar o destino da eliminatória.

Num momento em que os italianos dominava, David Neres podia ter reduzido, mas, após perde de bola de Brozovic, teve pontaria a mais e acertou no poste.

Não marcou o brasileiro, fê-lo António Silva. A quatro minutos dos 90, Grimaldo bateu um livre desde o lado direito do ataque e o jovem defesa-central, de cabeça, encurtou a distância no marcador.

Apesar de pouco se esperar na reta final, o Benfica conseguiu ainda empatar, evitando sair de Itália com um novo desaire. Em cima do último minuto de compensação, e na sequência de um canto, Grimaldo investiu pela esquerda, colocou a bola na área e encontrou Musa, que, à meia-volta, restabeleceu a igualdade num jogo que terminou logo de seguida.

Homem do Jogo Flashscore: Lautaro Martínez (Inter)