Recorde aqui as principais incidências da partida

A luta pela manutenção continua ao rubro. Os recentes resultados do Gil Vicente deram mais fôlego à equipa gilista antes da deslocação ao Bessa, ao contrário do que aconteceu com o Boavista.

Jorge Simão ainda não tinha vencido desde que chegou ao Bessa e a única vitória no espaço de 10 jogos não foi suficiente para dar conforto aos axadrezados, que viram o Vizela confirmar a descida de divisão no dia anterior.

Com dois jogos em casa, o Boavista conta com o apoio dos adeptos, muitas vezes mais do que um 12.º jogador, para ajudar a garantir mais uma temporada entre os melhores de Portugal, tão importante para a Pantera, um dos mais históricos do nosso futebol e a viver mais um período delicado a nível financeiro.

Motivado pelo calor das bancadas, o Boavista entrou com vontade, mas teve de se resguardar assim que o Gil Vicente deu o primeiro sinal de perigo. João Gonçalves evitou o golo de Depú (6') e, mais tarde, teve menos dificuldades para segurar o cabeceamento de Murilo (11').

O resultado manteve-se inalterável, mas as jogadas de contra-ataque da equipa gilista serviram como um forte aviso para a equipa axadrezada, que sofria com as incursões de Félix Correia pela esquerda.

Foram 15 minutos de sustos aqui e ali, interrompidos pela reação de Salvador Agra. Aos 26 minutos, um remate do extremo que obrigou Andrew a uma boa intervenção bastou para devolver os aplausos aos adeptos que ocupavam as bancadas do Estádio do Bessa.

No fundo, foi um prólogo para o momento da tarde, protagonizado por Bruno Lourenço, o homem dos grandes golos. Aos 27 minutos, uma jogada digna de futebol de praia culminou com um remate em forma de chapéu, após toque de Martim Tavares, que Andrew não teve hipóteses de defender.

Apesar da maior tranquilidade, o Gil Vicente não quis complicar as contas com a viagem à cidade do Porto, pelo que não ficou simplesmente a ver o replay do golaço de Bruno Lourenço. Apenas nove minutos mais tarde, Gabriel aproveitou alguma confusão na sequência de um livre para desviar para o 1-1 (36 minutos) e deixar tudo na mesma antes do regresso aos balneários.

O momento delicado da temporada levou a que, forçosamente, o ritmo desenfreado da primeira parte fosse menor no segundo tempo.

Tal como na primeira parte, o Gil Vicente ameaçou através dos flancos, novamente com Murilo a ameaçar o golo aos 53 minutos, valendo o corte de Sasso, que foi dos mais inconformados com o empate.

O defesa-central destacou-se no momento defensivo, mas também se aventurou no ataque para o lance que podia ter definido a partida, ao tabelar com Pedro Malheiro para sofrer uma grande penalidade, cometida por Felipe Silva, aos 72 minutos.

Depois de fazer mais um golaço na lista de grandes momentos da carreira, Bruno Lourenço estava apenas a 11 metros da glória e de descansar os adeptos axadrezados, mas o esquerdino parece mesmo talhado apenas e só para grandes golos.

Desde a marca de grande penalidade, atirou à figura de Andrew e, na recarga, atirou ao lado três pontos que seriam tão importantes para o Boavista. Para já, resta esperar pelo resultado do Portimonense em Alvalade.

Homem do jogo Flashscore: Andrew (Gil Vicente)