Regressos
Em relação à equipa que perdeu com o Arouca, Tulipa fez duas mudanças no onze do Vizela. Ivanildo Fernandes e Friday Etim entraram para os lugares de Bruno Wilson e Osmajic.
No Paços de Ferreira, César Peixoto fez regressar Marafona à baliza, depois de cumprir um castigo de três jogos. Paulo Bernardo e Nigel Thomas também foram apostas iniciais no onze dos castores, tendo em conta a equipa que defrontou o FC Porto.
A sabedoria do futebol
A jogar em casa e sem vencer há dois jogos, o Vizela sabia que imperava a necessidade de conseguir os três pontos para manter vivo o sonho de uma eventual campanha europeia de uma equipa que até há bem pouco tempo procurava sair do Campeonato de Portugal. Apoiados por mais de cinco mil adeptos, os adeptos de Tulipa não desiludiram na atitude.
Pressionante e intensa, a equipa do Vizela colocou muitas dificuldades a um Paços de Ferreira que parecia duvidar de si, esgotado o efeito do regresso de César Peixoto que permitiu ganhar alento na fuga à despromoção. Faltou a finalização. Titular pela primeira vez na Liga, Friday Etim teve a melhor oportunidade logo aos 12 minutos, quando um passe transviado de Paulo Bernardo o deixou na cara de Marafona que se agigantou e evitou a festa.
É dos adágios mais comuns do mundo do futebol e o que é certo é que não deixa de falhar: quem não marca, sofre. Assim foi. Aos 16 minutos, Juan Delgado roubou a área no meio-campo contrário, entregou a Alexandre Guedes que colocou em Gaitán para rematar de primeira e celebrar o golo.
Um duro golpe que atordoou um Vizela. Minutos depois de Etim não ter conseguido desviar a bola perto da linha da baliza, a sabedoria do futebol voltou a imperar. Zé Uilton obrigou Buntic a grande defesa com um remate de fora da área. Na sequência do canto, Nigel Thomas encontrou Paulo Bernardo (33 minutos) ao segundo poste que se antecipou a Kiki e colocou a bola no fundo das redes.
Lacava no meio da desinspiração
A perder por dois jogos, a equipa do Vizela quebrou animicamente, com a pressão das bancadas a revelar-se impiedosa. Os comandados de Tulipa saíram assobiados para o intervalo e no regresso denotaram o nervosismo de quem não quer desiludir as suas gentes.
Tiveram mais posse de bola, o técnico apostou em unidades mais atacantes, mas na hora de rematar à baliza imperou a desinspiração que fazia exasperar as bancadas.
Reveja aqui as principais incidências da partida
A arrancada de Zohi pela esquerda, com Lacava (78 minutos) a finalizar ao segundo poste para o único momento de festa. A esperança subiu do lado vizelense, o nervosismo nos castores que se agarravam como podiam a três pontos preciosos, erguendo um verdadeiro dique em frente à baliza de Marafona.
O apito final provocou reações efusivas no banco de um Paços de Ferreira para quem esta vitória significou mais do que três pontos. Foi o renovar da esperança de uma equipa que vê o Marítimo a dois pontos e o Estoril a cinco, na zona segura da tabela.
Já o Vizela caiu para o nono lugar com 39 pontos, e já vê os lugares de apuramento paras a provas europeias a nove.
Homem do jogo Flashscore: Nico Gaitán (Paços de Ferreira)
