César Peixoto crítica jogos com horários diferentes: "É uma falta respeito"

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César Peixoto crítica jogos com horários diferentes: "É uma falta respeito"
César Peixoto prometeu brio até ao final
César Peixoto prometeu brio até ao final
LUSA
O treinador do Paços de Ferreira, César Peixoto, disse este sábado ter como objetivo acabar a Liga com dignidade, consumada a despromoção da equipa, a duas jornadas do fim, sem poupar críticas à calendarização dos jogos.

O meu objetivo, neste momento, é acabar com dignidade. Vou apelar ao orgulho, à alma e dignidade dos jogadores. Pela recuperação que fizemos, pelo trabalho, esforço, respeito que temos de ter pelos adeptos, pelo clube também, temos de ser competitivos nestes dois jogos. É só este o meu foco. Temos de cair de pé”, disse César Peixoto, no lançamento do jogo de domingo com o Rio Ave.

A conferência de antevisão ao jogo foi, naturalmente, dominada pela despromoção da equipa à Liga 2, após a vitória do Marítimo diante do Vizela (1-0), na sexta-feira, com César Peixoto a não poupar críticas à Liga.

Acho que é uma falta de respeito, sinceramente, e nem falo só pelo Paços de Ferreira e pelo Santa Clara, mas pelo futebol e pelos adeptos. Uma coisa é jogarmos amanhã (domingo) todos à mesma hora e termos o estádio cheio, com emoção e a vibrar, outra coisa é jogarmos amanhã (domingo) e saber que já não atingirmos o objetivo e descemos de divisão”, criticou.

César Peixoto disse mesmo não entender a razão de haver jogos em dias e horários diferentes envolvendo equipas que lutam pelo mesmo objetivo. O técnico pacense defendeu até que “a verdade desportiva também fica em causa”, numa declaração dura proferida num final de manhã igualmente duro e de grande tristeza.

“Como é óbvio, a tristeza é enorme, e de todos. Pela recuperação que fizemos na segunda volta, merecíamos pelo menos ir até à última jornada e poder estar a discutir as coisas. Foi uma manhã muito difícil, mas temos de enfrentar as coisas de frente, falando sobre elas, abertamente. Não escondo a frustração, porque, quando voltei, vinha muito confiante em que iria conseguir o objetivo”, referiu.

Em jeito de balanço, o técnico pacense recuou no tempo e defendeu que “um falso início de época pôs em causa o objetivo final”.

O planeamento da época não foi muito bem conseguido, mas incluo-me nisto e a culpa é naturalmente de todos. Tivemos dificuldade na construção do plantel, muitas lesões, muitos castigos, e isso na parte inicial do campeonato tirou-nos capacidade de pontuar mais um pouco. No mercado de janeiro, acho que mexemos bem e a equipa foi competitiva, encurtámos bastante, fazendo até agora 18 pontos contra dois na primeira volta”, lembrou.

César Peixoto pediu também desculpas aos adeptos pelo objetivo falhado e prometeu foco e profissionalismo até final.

Não vou fazer gestão nenhuma do plantel e não vou facilitar. Vou dar oportunidade a quem estiver melhor, porque temos de honrar a camisola e o símbolo quer trazemos ao peito, metendo a melhor equipa e os jogadores que estão em melhor forma. O Rio Ave é uma boa equipa e não vai ser fácil, num jogo em que a parte emocional vai ser muito importante”, concluiu o técnico, ainda sem saber o seu futuro, apesar de ter mais um ano de contrato com o Paços.

O jogo entre o Paços de Ferreira, no 17.º lugar e já despromovido, com 20 pontos, e o tranquilo Rio Ave, 12.º, com 39, realiza-se no estádio Capital do Móvel, no domingo, às 18:00, e terá arbitragem de Hélder Malheiro, da associação de Lisboa.