Mudanças
Depois das muitas mudanças feitas para o duelo com o Nacional, na segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal, Artur Jorge fez apenas uma alteração em relação aquele que tem sido o onze habitual no campeonato. Paulo Oliveira fez dupla de centrais com Niakaté, com Tormena a cumprir suspensão.
Paulo Sérgio foi mais longe nas alterações à equipa que venceu o Gil Vicente e mudou mesmo o sistema. A equipa entrou com três centrais, sendo que Seck, Lucas Ventura e Wellinton Júnior entraram para os lugares de Estrela (suspenso), Yago Cariello e Rui Gomes.
Pressa de resolver
Começa a ser um padrão nos jogos do SC Braga em casa. Perante os mais de 16 mil adeptos que estiveram as bancadas da Pedreira, a equipa de Artur Jorge entrou com uma forte dinâmica ofensiva e com vontade de resolver a partida o mais rapidamente possível.
E conseguiu, com Bruma a assumir-se como o grande dínamo, imprimindo velocidade pela esquerda e provocando um autêntico caos na defensiva do Portimonense que sentiu muitas dificuldades em adaptar-se à intensidade empregada pelo adversário.
É, de resto, o internacional português que assiste Abel Ruiz (três minutos) para o primeiro golo da partida, num lance em que a defesa algarvia foi pouco lesta a afastar a bola. Minutos depois, a mesma dupla entrou em ação, com os mesmos papéis, mas desta feita o avançado espanhol teve a mira pouco calibrada e a bola passou ao lado.
Reveja aqui as principais incidências da partida
O laboratório de Artur Jorge
Em vantagem na partida, o SC Braga foi tomando conta da partida e desorientando cada vez mais um Portimonense que constantemente chegava atrasado aos duelos e parecia desconcentrado. Prova disso é a falta desnecessária de Pedrão sobre Iuri Medeiros aos 32 minutos. Com a bola colocada à entrada da área, o extremo açoriano colocou a bola no lado de Nakamura que pareceu surpreendido e viu a bola aninhar-se no fundo das redes.
Aos 38 minutos chegou novo golo de livre, e de novo com um belo efeito. André Horta bateu uma falta lateral, com Niakaté a mostrar uma impulsão acima da média para cabecear a bola para o fundo das redes.
Ponto de honra
A primeira parte trazia o sentimento de inevitabilidade quanto ao desfecho da partida. O SC Braga encontrava-se no comando do jogo, o Portimonense com muitas dificuldades em chegar à baliza de Paulo Sérgio e nem o golo dos algarvios pareceu abalar a confiança minhota.
Lançado a meio da primeira parte para render Lucas Ventura, Rui Gomes aproveitou uma bola amortecida por Yony González na pequena área e contou com uma ajuda de Victor Gómez para colocar a bola no fundo das redes.
O alento trazido pelo golo misturado com algum relaxamento normal do SC Braga que começava a pensar no decisivo duelo com o Benfica da próxima jornada, importante para as contas do título, permitiu ao Portimonense ganhar algum ascendente na partida, mas sempre sem colocar em causa o domínio dos anfitriões.
O golo de Ricardo Horta (68 minutos), numa jogada com sorte e a qualidade técnica exímia do capitão bracarense, foi o ponto final numa festa que terminou com as bancadas do Estádio Municipal de Braga a pedir o título a Artur Jorge.
Com este resultado, o SC Braga vai passar a noite no segundo lugar, com 71 pontos, a três do líder Benfica e com mais um que o FC Porto. Já o Portimonense está no 13.º lugar com 33 pontos, mais 11 que o Marítimo, primeira equipa em zona de play-off de despromoção.
Homem do jogo Flashscore: Bruma (SC Braga)