uscita grande amargura no clube e nos seus milhões de adeptos, que, na ausência de regras claras, se vêem penalizados com a aplicação de sanções que não parecem ter em conta o princípio da proporcionalidade.O pedido do procurador e a decisão conhecida esta segunda-feira surgem depois de uma sanção de 15 pontos contra o clube, decidida em janeiro, ter sido anulada pelo organismo desportivo de topo de Itália, que ordenou às autoridades do futebol a realização de uma nova audiência.
O Tribunal Federal de Recurso "absolveu das acusações imputadas Pavel Nedved, Paolo Garimberti, Assia Grazioli Venier, Caitlin Mary Hughes, Daniela Marilungo, Francesco Roncaglio e Enrico Vellano" e "impõe ao clube F.C. Juventus S.p.A. a sanção de uma penalização de 10 (dez) pontos na classificação, a ser cumprida na atual época futebolística".
As ações da Juventus, cotadas em Milão, chegaram a cair 4,9% após a notícia da potencial penalização e caíram 4,5% às 9:35.
Com três jogos por disputar esta época, incluindo um na noite de segunda-feira, a Juventus estava em segundo lugar na Serie A, com 69 pontos, atrás do campeão Nápoles.
A dedução desta segunda-feira atira a Juventus, a equipa mais bem sucedida de Itália, para fora dos lugares de qualificação para as competições europeias. A Lazio confirmou, assim, a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, já que a Atalanta subiu ao quinto lugar e está a sete pontos da equipa romana, com duas jornadas por disputar.
Entretanto, através das redes sociais, a Juventus reagiu, reconhecendo "grande amargura no clube e nos seus milhões de adeptos, que, na ausência de regras claras, se vêem penalizados com a aplicação de sanções que não parecem ter em conta o princípio da proporcionalidade".
Também Francesco Calvo, diretor de futebol da Juventus, após a decisão do Tribunal Federal de Recurso, reagiu à decisão.
"As primeiras impressões são obviamente negativas, não estamos satisfeitos com esta sanção. O facto de ter sido anunciado antes do jogo já era esperado, por isso não nos afeta nem nos altera. É muito cedo para fazer mais comentários, mas em breve publicaremos um comunicado de imprensa. O recurso é claramente uma possibilidade, mas devemos primeiro ler as motivações que chegarão nos próximos dias para entender as margens para um novo recurso", explicou.