Recorde as incidências do jogo
Numa cidade em absoluta polvorosa, com um Estádio Diego Armando Maradona a rebentar pelas costuras, e com largos milhares nas ruas, o Nápoles desde cedo partiu em busca de resolver a partida cedo mas, com o passar dos minutos, diante de uma bem organizada Salernitana, de Paulo Sousa, os nervos começaram a surgir.
Depois de uma primeira parte sem golos, Luciano Spalletti mexeu na equipa à passagem da hora de jogo, colocou Elmas e Raspadori, nos lugares de Lozano e Zielisnki, e a verdade é que o golo chegou mesmo, através do improvável Mathias Olivera, e após um canto batido precisamente por Raspadori, lançado um minuto antes. Aos 62 minutos de jogo, o Diego Armando Maradona tornava-se num autêntico vulcão pintado de azul.
Festa dentro do estádio, absoluta loucura fora dele, o Nápoles estava a menos de meia hora de conquistar, matematicamente, o terceiro título de campeão italiano.
Havia, porém, Paulo Sousa. Paulo Sousa e Boulaye Dia, avançado da Salernitana que, aos 84 minutos, servido por Grigoris Kastanos, atirou um remate cruzado, de fora da área, e empatou a partida num belíssimo golo.
Paulo Sousa corria para festejar os jogadores, os adeptos do Nápoles ficavam de boca aberta, os nervos cresciam a níveis estratosféricos. Do lado napolitano, claro, mas também da Salernitana, interessada em não fazer parte de uma festa alheia, e que levou mesmo Paulo Sousa a ser expulso aos 90+2 minutos, por protestos.
O Nápoles tentou de tudo, com muito mais coração do que cabeça, com os nervos naturais de uma equipa que há 33 anos não vence o título. A festa ficou adiada, sim, mas não mais do que isso. Para a próxima jornada, o fervor azul muda-se para Udine.
Resultados da 32.ª jornada: