Terminou a ligação de uma vida de Paolo Maldini ao AC Milan, pelo menos em termos laborais. Jogador do clube entre 1984 e 2009 (seguindo as pisadas do pai Cesare), tornou-se diretor técnico em 2018, a convite dos então proprietários do clube, Elliot Management Corporation.
Cinco anos volvidos, sai por desavenças com Gerry Cardinale no que toca à política desportiva e do clube, depois de se ter revelado uma peça essencial na conquista da Serie A em 2021/22, ao convencer jogadores como Theó Hernández, Rafael Leão ou Oliver Giroud a juntarem-se ao clube. Tinha renovado até 2024 em julho passado e trabalhava em conjunto com Frederic Massara, diretor desportivo, que também deverá sair.
"O AC Milan anuncia que Paolo Maldini termina o seu trabalho do clube, numa decisão efetiva desde 5 de junho de 2023. Agradecemos os anos de serviço neste papel, em que contribuiu para o regresso à Liga dos Campeões e a vitória no campeonato em 2021/22. As suas tarefas vão ser agora desempanhadas por uma equipa, em ligação com o manager da equipa, que vai reportar ao CEO", pode ler-se no curto comunicado.
Rafael Leão expansivo
Ao chegarem ao AC Milan, muitos do nomes principais do atual plantel reconheceram a importância da figura de Paolo Maldini na hora de decidir o clube. Um dos jogadores mais reputados da história do desporto, o então diretor técnico foi chave para algumas contratações importantes.
Entre os quais está Rafael Leão que partilhava um ligação forte a Maldini. Terá sido esse um dos motivos que levou o internacional português a renovar como clube milanês. E não admira que o ex-Sporting se tenha tornado no mais expansivo a reagir a esta situação.
Na segunda-feira, quando surgiram os primeiros rumores da saída de Maldini deixou uma mensagem críptica no Twitter.
Esta terça-feira, após a oficialização, deixou um vídeo no Instagram onde gesticulava que ia estar de boca fechada.