"Eu sei que minha atividade como técnico é bastante exposta e eu tenho que aguentar ali, quando vem fora, todas as ofensas possíveis. E não é da claque do Palmeiras, não é. Elas são de algumas pessoas que talvez não tenham a condição de saber que existem muitas crianças para educar", disse Tite, em conferência de imprensa.
O comandante do Flamengo recordou sua passagem pelo Palmeiras, onde ajudou o clube a salvar-se da despromoção no Brasileirão de 2006.
"As ofensas são do jogo, mas cuspir é muito feio. Eu tenho que limpar a cabeça, a minha camisa, é feio. Para essas pessoas, não para a claque do Palmeiras, que tem todo direito, eu estive aqui e numa etapa muito bonita, que me orgulho. Nosso trabalho aqui foi digno porque salvou o Palmeiras naquela etapa, da despromoçaão, e eu sei disso. Tenho isso gravado na minha memória", recordou Tite, salientando ainda a história construída por César Sampaio, seu auxiliar, pelo Palmeiras.
Reveja as principais incidências da partida
"Mas essa pessoa, talvez, não representa uma série de rapazes (...) nós fomos muito bem recebidos. Tinha uma série de rapaziada que estava ali ao lado e que olha, daqui a pouco, a história do César (Sampaio) que tem uma trajetória toda bonita de Palmeiras, é ídolo, é monstro, que está do outro lado, mas que age com respeito. Então tem que existir pouquinho de respeito se não a gente acha que no futebol vale tudo. Não é assim", concluiu o antigo selecionador brasileiro.
O Flamengo, de Tite, volta a jogar na quarta-feira, quando encara o Bolívar, na Bolívia, pela terceira jornada da fase de grupos da Copa Libertadores.