Os adeptos vestiram camisolas pretas e vermelhas com as palavras "Save Ghana football" (Salvem o futebol de Gana) e manifestaram-se com cartazes pelas ruas principais para mostrar a sua frustração com o fraco desempenho da seleção nos últimos grandes torneio.
Gana, quatro vezes vencedora da CAN, a última das quais no longínquo ano de 1982, esteve presente em quatro Mundiais e chegou aos quartos de final em 2010.
A Associação de Futebol de Gana (GFA) demitiu o técnico Chris Hughton no mês passado, na sequência da má prestação da equipa na CAN.
Hughton, cujo pai é natural de Gana, assumiu o cargo em março e venceu apenas quatro das suas 13 partidas no comando da seleção e estava sob pressão para a CAN.
A GFA, dirigida por Kurt Okraku, está agora à procura do quinto selecionador dos Blacks Stars em cinco anos.
"O futebol de Gana enfrenta hoje um período sombrio na sua história, um momento sem precedentes que trouxe constrangimento global para a marca que costumava deixar todos nós, no país e no exterior, muito orgulhosos", disseram os manifestantes numa petição apresentada ao Parlamento.
Na manifestação, exigiram que o Presidente Nana Akufo-Addo inicie uma investigação sobre a participação de Gana no Mundial-2022 e na CAN, após alegarem corrupção e desperdício de gastos da GFA durante os torneios.
Também pediram uma política nacional de futebol, maior investimento no futebol de formação e melhorias na liga local.
"Temos uma oportunidade única, como nação, de fazer mudanças na nossa estrutura que dirige o nosso futebol", diz a petição.
"O futebol pertence a nós, não à GFA", disse Saddick Adams, um dos manifestantes. A GFA não se mostrou disponível para comentar o assunto.