O velório na Associação de Futebol Argentino (AFA), em Ezeiza (subúrbios do sul), contou com a presença de figuras dos três Mundiais conquistados pela Albiceleste: Lionel Scaloni, campeão em 2022; Héctor Enrique, médio que venceu o Mundial de 1986 ao lado de Diego Maradona; e Daniel Passarella, capitão da seleção treinada por Menotti em 1978.
Também estiveram presentes familiares e outras personalidades do futebol argentino, como Ubaldo "Pato" Fillol, guarda-redes dessa memorável equipa, e Pablo Aimar, antigo jogador do Benfica e parte da equipa técnica de Scaloni no Catar.
O caixão foi transportado, entre outros, pelo presidente da AFA, Claudio Tapia, para o estádio de futebol de salão do complexo habitacional que leva o nome de outro campeão mundial, Lionel Andrés Messi, onde foi sepultado até às 17:00 locais.
Menotti, nascido na cidade argentina de Rosário, morreu no domingo aos 85 anos. Além de ter levado a Albiceleste à vitória antes da década de 1980, treinou 15 equipas em cinco países e, desde 2019, era diretor das seleções nacionais da associação AFA.
O corpo do antigo treinador do Barcelona, Atlético de Madrid, Boca e River, entre outros clubes, será cremado no cemitério da Recoleta, perto do centro de Buenos Aires, disse o seu filho Cesar Mario, embora a data não tenha sido especificada.
O futebol local e internacional recebeu com dor a notícia da morte do homem que foi uma das forças motrizes do futebol romântico, que sempre defendeu uma filosofia baseada no jogo ofensivo e nas parcerias entre jogadores: "O golo tem de ser um passe para a baliza", era uma das suas frases famosas.
Um dos seus herdeiros tácticos foi o ex-futebolista e atual treinador do Manchester City, Pep Guardiola, que explicou: "Foi o maior sedutor do futebol argentino".
Messi, que alcançou parte de sua glória sob a orientação de Guardiola no Barcelona, também se despediu de Menotti na sua conta no Instagram: "Deixou-nos uma das grandes referências do nosso futebol".