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Uma das muitas peculiaridades da Taça das Nações Africanas (CAN) é que os países anfitriões falharam sempre na luta pelo triunfo nas últimas edições, apesar de terem todas a vantagem de jogar em casa.
A vitória da Costa do Marfim por 1-0 sobre a República Democrática do Congo na meia-final disputada na passada quarta-feira, no entanto, impulsionou os Elefantes para o jogo decisivo do torneio, marcado para o próximo domingo em Abidjan, contra a Nigéria.
Os últimos oito anfitriões do torneio bienal não conseguiram ganhar a taça e nenhum chegou à final desde o Egipto em 2006.
O Gana, em 2008, a Guiné Equatorial, em 2015, e os Camarões, há dois anos, chegaram pelo menos às meias-finais. O Gabão, em 2017, nem sequer passou da primeira ronda.
A Taça das Nações Africanas (CAN) registou um aumento do número de adeptos fora de casa nesta edição na Costa do Marfim, mas as grandes distâncias e os elevados custos de deslocação do continente fazem com que os adeptos fora de casa sejam uma raridade, ao contrário do apoio significativo que as equipas trazem sempre aos Campeonatos da Europa.
As edições passadas, em que o país anfitrião abandonou a competição mais cedo, tiveram como consequência uma fraca assistência. Em 1994, na Tunísia, onde os anfitriões não conseguiram passar a fase de grupos, foram recrutados militares para preencher os lugares, criando um cenário invulgar de espectadores com o mesmo uniforme castanho para a final.
Um terço das últimas 33 edições da Taça das Nações, que começou em 1957, foram ganhas pela equipa da casa, sobretudo devido a uma onda de apoio emocional.
A recém-chegada África do Sul venceu em 1996, aplaudida pelo seu presidente Nelson Mandela, que vestiu a camisola da equipa, tal como fizera um ano antes, quando os Springboks venceram o Campeonato do Mundo de Râguebi, enquanto a vitória da Tunísia em 2004 foi recebida com festejos nas ruas.