João Almeida aponta ao Tour, mas continua de olho no Giro: "Está sempre na minha cabeça"

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

João Almeida aponta ao Tour, mas continua de olho no Giro: "Está sempre na minha cabeça"

O ciclista de A-dos-Francos, de 24 anos, tem contas pendentes com a Volta a Itália
O ciclista de A-dos-Francos, de 24 anos, tem contas pendentes com a Volta a ItáliaFacebook/João Almeida
João Almeida quer saldar este ano a dívida pendente com a Volta a Itália, onde o ciclista português acredita que vai surgir “um bocadinho na segunda fila” de favoritos, algo que o pode favorecer na luta pela camisola rosa.

Apesar de ainda não ter vencido nenhuma geral de uma corrida por etapas com as cores da UAE Emirates e de até ambicionar estrear esse palmarés especial na Volta ao Algarve, o pensamento de João Almeida já está mais à frente, na grande meta da época.

“O objetivo é o Giro, e todas as outras corridas e preparação é sempre tendo em conta o Giro. Portanto, claro que está sempre na minha cabeça”, reconheceu, em entrevista à agência Lusa.

O ciclista de A-dos-Francos, de 24 anos, tem contas pendentes com a Volta a Itália, onde foi quarto em 2020, depois de andar 15 dias vestido de rosa, e abandonou no ano passado, quando seguia em quarto, por estar com COVID-19, e não o esconde.

“Se não fosse o azar do ano passado, se calhar este ano já fazia o Tour. Decidi eu fazer o Giro mais uma vez, e desde que não haja azares, talvez para o ano esteja no Tour”, antecipou.

Almeida espera uma concorrência forte na próxima edição da corsa rosa, agendada entre 06 e 28 de maio e na qual estarão Remco Evenepoel, Primoz Roglic ou Geraint Thomas, mas diz-se preparado: “Acho que quanto melhor o nível, melhor para mim é. Se calhar, também parto um bocadinho da segunda fila, não de favorito. Pode-me favorecer”.

Ser menos favorito, facilita, assume o português, embora “em termos de pressão, seja igual”.

“Em termos de tática, acho que nos favorece no sentido de não termos de tomar iniciativa. Podemos gerir melhor os nossos ciclistas. No fundo, salvaguarda a equipa e deixa-nos com mais energia caso seja necessário”, notou, elogiando um percurso “bastante duro”, com “muito contrarrelógio” e perspetivando “um excelente Giro”.

Até lá, o líder da UAE Emirates vai correr, além da ‘Algarvia’, que arranca hoje, o Tirreno-Adriático e a Volta à Catalunha, fazendo, depois, “um estágio em altitude” antes da Volta a Itália – na segunda parte da temporada, “em princípio”, estará na Volta à Polónia, no Mundial, “se calhar”, e na Vuelta.

O jovem de 24 anos admite que este ano vai ser decisivo para a sua consolidação como líder em grandes Voltas.

“Tenho vindo a evoluir de ano para ano. Acho que, se não fosse o covid, já tinha um pódio. Mas estamos aqui a trabalhar no duro para confirmar isso outra vez e fazer o melhor resultado possível”, disse, confessando que, mentalmente, foi “difícil” lidar com o desgosto de ter de abandonar o Giro devido à covid-19, depois de “tanta preparação, tantos sacrifícios”.

Almeida reconhece também não estar preocupado com a concorrência dentro da UAE Emirates, que, além de Tadej Pogacar, conta com Juan Ayuso, Adam Yates ou Jay Vine, entre outros.

“Nem por isso. Confio na minha forma, a equipa também acredita em mim. É bom para a equipa ter atletas com cada vez mais nível e líderes em maior quantidade. No fundo, ajudamo-nos uns aos outros. Depois, temos mais oportunidades de vencer e com mais corredores, o que abre mais e, taticamente, acaba por ser mais fácil”, concluiu.