Menos de 48 horas depois de se ter sagrado campeão europeu com a seleção francesa em Colónia (Alemanha), o lateral direito foi detido pela polícia em Paris na manhã de terça-feira por tentativa de violação, tendo sido libertado no final do dia.
Benoît Kounkoud "deixou a prisão preventiva livre e sem qualquer obrigação", declarou o seu advogado Mario Stasi num comunicado enviado à AFP.
Perante os investigadores, acrescentou, o jogador de 26 anos "pôde dar a sua versão dos factos de uma noite sem qualquer tipo de violência, em contraste com as denúncias caluniosas a que foi injustamente sujeito, e sem que qualquer elemento objetivo do processo - audição de testemunhas e visionamento de vídeos - tenha contrariado as suas declarações".
O Sr. Stasi advertiu que o seu cliente "não hesitará" em "fazer respeitar a presunção de inocência" de que beneficia, "através de qualquer ação judicial". Após o levantamento da sua prisão preventiva, o Ministério Público de Paris declarou que as investigações prosseguiam, "nomeadamente para recolher novos testemunhos".
Nesta fase, segundo o Ministério Público, "uma mulher nascida em março de 2003 acusa-o de tentativa de violação, durante uma noite alcoólica num clube noturno do 8.º distrito".
Num comunicado divulgado antes de ser levantada a prisão preventiva, o clube polaco Kielce, onde Kounkoud joga desde 2022, disse que levava "o caso a sério e (condenava) qualquer comportamento que violasse as regras da vida social".
"O clube tomará todas as medidas adequadas assim que receber informações oficiais sobre o incidente. Enquanto se aguarda uma clarificação, o assunto não será objeto de qualquer comentário", acrescentou o Kielce, uma das melhores equipas europeias, vencedora da Liga dos Campeões em 2016 e vice-campeã nas duas últimas épocas.
Por seu lado, a Federação Francesa de Andebol disse "não estar em posição de comentar este assunto nesta fase" e acrescentou que continua "atenta ao seguimento que será dado pelas autoridades judiciais".