Azar e maus desempenhos: o que se segue para a Alpine no final da época?

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Azar e maus desempenhos: o que se segue para a Alpine no final da época?

Os dois Alpines após o acidente deste fim de semana.
Os dois Alpines após o acidente deste fim de semana.AFP
Uma dupla retirada neste fim de semana em Budapeste provocou um novo desaire na Alpine. Agora em 6.º lugar na classificação dos construtores e sem conseguir recuperar ao mesmo tempo que as inovações introduzidas nos McLarens, a equipa francesa precisa de se recompor rapidamente.

Mais um fim de semana de azar para a Alpine. Não é uma grande surpresa, mas esperava-se que fosse diferente. Já em má posição na sessão de qualificação de sábado (12.º e 15.º lugares), os pilotos franceses foram apanhados numa confusão e colidiram no início do Grande Prémio da Hungria. Com uma parte do carro partida para Pierre Gasly e um banco partido a meio para Esteban Ocon, os dois pilotos não tiveram outra alternativa senão retirar-se da corrida.

Para conseguir a perseguição à McLaren, principal rival este ano, a equipa precisa de começar bem em Spa antes da pausa de verão.

Uma constatação alarmante

A época da Alpine tem sido bastante instável. Os pilotos conseguiram realizar alguns bons desempenhos (nomeadamente o 3.º lugar de Ocon no Mónaco e a pole de Gasly em Melbourne antes do acidente), mas faltou-lhes consistência. Se juntarmos a isso as duas desistências em Silverstone e no domingo, o resultado é um excesso de pontos perdidos. Pior ainda, está inevitavelmente a afetar o moral.

"É mais do que lamentável encontrarmo-nos com os dois carros parados, isso é certo...As coisas não estão a correr bem para nós. Vamos ter de pôr fim a esta série de acontecimentos que nos está a acontecer neste momento", lamentou Gasly no Canal+ após a corrida de Budapeste.

Nos últimos três Grandes Prémios, a Alpine não conquistou um único ponto. É uma pena, especialmente se tivermos em conta que a McLaren equipou peças novas desde a Áustria. Desde então, a equipa laranja tem tido um desempenho muito bom na grelha. Os lugares do pódio estão ao alcance. Como resultado, reduziu a distância em relação ao seu rival. Um rival que não consegue recuperar.

Encurtar distâncias

A Alpine tem estado aquém das expetativas e acabou de mudar de diretor-geral. De acordo com Otmar Szafnauer, este facto não terá qualquer impacto na parte da F1 da marca. Uma bênção camuflada? Só o tempo dirá. Mas, entretanto, tanto Gasly como Ocon precisam de ter um bom Grande Prémio da Bélgica no próximo fim de semana.

Sem grandes inovações, e com o mesmo ritmo mostrado desde o início de julho, essa tarefa parece difícil.

A pausa de verão vai provavelmente permitir que o carro seja revisto e que a previsão para a segunda metade da época seja muito melhor. A Alpine está a 40 pontos da McLaren na classificação dos construtores. Ainda há tempo para inverter a tendência, mas o tempo está a esgotar-se rapidamente.

A mensagem da equipa é clara: "Continuamos a trabalhar arduamente para garantir que somos, pelo menos, a quarta equipa mais rápida no final do ano", afirmou Szafnauer na Hungria. Para tal, terão também de alcançar a Ferrari, que está muito à frente com um total de 167 pontos.