Eles estão noutro mundo. Max Verstappen e Sergio Pérez têm vindo a ganhar com uma facilidade desconcertante desde fevereiro. Já conquistaram 224 pontos para a sua equipa, muito à frente dos seus rivais. Por isso, há quem diga que vão ganhar a maioria das corridas deste ano. Mas será mesmo possível?
Melhor arranque de sempre
5 em 5. A equipa austríaca nunca teve um início de época tão bom como este ano. Por um lado, Verstappen continua a deslumbrar com a sua capacidade de tornar cada corrida simples. Por outro, Pérez está a brilhar nos circuitos citadinos e procura competir com o seu colega de equipa. Uma competição que leva ambos os pilotos a superarem-se e que deixa a Red Bull feliz.
O que faz a diferença novamente este ano é, por um lado, a capacidade do RB19 de ser consistentemente mais rápido do que os seus rivais - especialmente em linha reta. Por outro lado, a sua fiabilidade.
"Esse é um elemento-chave. A nossa abordagem é estar sempre a aprender, ganhando ou perdendo, e não deixar nenhuma pedra por virar. Portanto, trata-se de ganhos marginais", disse recentemente o director da equipa, Christian Horner, ao Financial Times. Enquanto a Mercedes e a Ferrari, por exemplo, lutam para alcançar a consistência, a Red Bull está a ir em frente.
Isto também garante que o sucesso dos pilotos é fundamental. Uma filosofia que pode ter servido bem a Verstappen nos seus dois títulos mundiais.
Dúvidas sobre o título
É claro que a Red Bull parece intocável. No Mónaco, este fim de semana, Verstappen ou Pérez ainda têm uma hipótese. Já para não falar do facto de cada um deles ter ganho uma das duas edições anteriores. No entanto, Horner também não se deixa levar pelos próximos eventos no calendário.
"Penso que é uma tarefa extremamente difícil mantermo-nos competitivos ao longo do ano. Quero dizer, temos 23 corridas, circuitos citadinos, condições climatéricas, fiabilidade, estratégia e fator sorte. Por isso, acho que ganhar 23 corridas é inimaginável".
Houve alguns lapsos durante as sessões de qualificação e de sprint, incluindo a de Baku, em que Charles Leclerc conseguiu a pole. Para remediar esta situação, o inglês afirma que ainda tem de trabalhar.
"Perguntamo-nos onde podemos melhorar, o que podíamos ter feito melhor e onde estão os riscos em termos de fiabilidade do carro. Por isso, nunca é suficiente".