Depois de ter perdido os dois primeiros sets, Murray, 66.º do ranking mundial, conseguiu dar a volta a Kokkinakis, 159.º, por 4-6, 6-7 (4-7), 7-6 (7-5), 6-3, 7-5, após cinco horas e 45 minutos de encontro.
Eram 04:04 horas em Melbourne quando Murray, de 35 anos e que foi operado várias vezes à anca, pôde festejar o triunfo no mais longo encontro da sua carreira, superando em 38 minutos o anterior máximo que tinha estado num court.
Apesar da hora tardia, este nem foi o encontro que terminou mais tarde num torneio do Grand Slam, uma vez que, em 2008, no mesmo palco, o australiano Lheyton Hewitt e o cipriota Marcos Baghdatis terminou às 04:34.
Reveja aqui as principais incidências da partida
Este foi igualmente o segundo encontro mais longo da história do primeiro torneio do Grand Slam da temporada, apenas superado pelas cinco horas e 53 minutos da final de 2012, na qual o sérvio Novak Djokovic derrotou o espanhol Rafael Nadal.
Murray, que pela segunda vez neste torneio foi obrigado a jogar cinco sets, passou a ser o jogador com mais reviravoltas em majors depois de ter conseguido hoje a 10.ª, mais uma do que o suíço Roger Federer.
O encontro até podia ter sido concluído bem mais cedo, uma vez que Kokkinakis esteve a servir para fechar o encontro no terceiro set, mas acabou por permitir o 'break' a Murray.
Cinco vezes finalista em Melbourne, o escocês, que venceu duas vezes Wimbledon e uma o Open dos Estados Unidos, não atingia a terceira ronda desde 2017, quando chegou a anunciar que aquele podia ser o seu último Open da Austrália.
Na terceira ronda, Murray vai defrontar o espanhol Roberto Bautista-Agut, 25.º da hierarquia ATP, que afastou o português João Sousa na primeira ronda.