Paris-2024: Presidente do COI afasta-se da possibilidade de pagar bónus aos medalhados

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Paris-2024: Presidente do COI afasta-se da possibilidade de pagar bónus aos medalhados

Thomas Bach, o presidente do COI
Thomas Bach, o presidente do COIProfimedia
De acordo com o mais alto representante do Comité Olímpico Internacional (COI), cada comité nacional deve encarregar-se de pagar um suplemento aos atletas que ganharam uma competição

O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, distanciou-se da decisão inédita da World Athletics de pagar bónus aos medalhados de ouro nos Jogos Olímpicos de 2024, lembrando a missão de "solidariedade" que cabe às federações internacionais. "As federações internacionais devem tratar todas as federações filiadas e os seus atletas numa base de igualdade", disse Bach numa entrevista à agência noticiosa AFP, na sede do Comité Olímpico, em Lausanne.

Sem atacar diretamente o organismo mundial de atletismo, que semeou o caos no mundo olímpico ao anunciar a sua decisão no início de abril sem notificar ninguém, Bach sublinhou que "cada pilar do movimento olímpico tem o seu papel a desempenhar no apoio aos atletas".

O COI, acrescentou, fá-lo "redistribuindo 90% das suas receitas", nomeadamente às federações internacionais, que, por sua vez,"desenvolvem o seu desporto" e procuram"reduzir o fosso" entre as nações mais e menos favorecidas, "ajudando os atletas menos privilegiados num esforço de solidariedade". O argumento da solidariedade tinha sido o principal argumento contra a World Athletics por parte do mundo olímpico, em particular da Associação dos Comités Olímpicos Nacionais de África (Acnoa) e da sua comissão de atletas.

A dotação para as 48 competições de atletismo, ou seja, 2,4 milhões de dólares (2,2 milhões de euros), será retirada do valor pago de quatro em quatro anos pelo COI à World Athletics, que tinha arrecadado quase 40 milhões de dólares (37 milhões de euros) após os Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio, tal como após os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio.

Segundo Bach, cabe antes aos comités olímpicos nacionais "encorajar o sucesso dos seus atletas que participam nos Jogos Olímpicos", razão pela qual "distribuem bónus há muito tempo". "Até eu, quando ganhei a medalha de ouro" no florete por equipas nos Jogos Olímpicos de 1976, em Montreal, "recebi um bónus", disse o presidente do COI, um antigo esgrimista que foi premiado na altura pelo comité olímpico da Alemanha Ocidental.

"A solidariedade é um valor olímpico e fazer uma equipa nacional ganhar também é um valor olímpico, mas para esta equipa nacional", concluiu Bach.