Petra Kvitova critica decisão de Wimbledon: "Estou mais preocupada com o povo ucraniano"

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Petra Kvitova critica decisão de Wimbledon: "Estou mais preocupada com o povo ucraniano"
Kvitova irá jogar na final do Miami Open esta noite
Kvitova irá jogar na final do Miami Open esta noiteProfimedia
Petra Kvitova, bicampeã de Wimbledon, opôs-se à decisão do Grand Slam de levantar a sua proibição de jogadores russos e bielorussos antes do torneio deste ano, dizendo que sentia pelos ucranianos no meio da invasão em curso de Moscovo.

Wimbledon, o único Grand Slam a barrar jogadores da Rússia e da aliada Bielorrússia, disse na sexta-feira que permitia o regresso destes atletas como neutros, invertendo a proibição que impôs depois de Moscovo ter invadido a Ucrânia em fevereiro de 2022.

Kvitova, checa de 33 anos que ganhou os títulos de Wimbledon em 2011 e 2014, disse que os jogadores da Rússia e da Bielorússia também deveriam ser banidos dos Jogos Olímpicos de Paris no próximo ano.

"Afirmo sempre que sou contra a guerra. Estou mais preocupada com o povo e os jogadores ucranianos", disse Kvitova na sexta-feira após a vitória no Open de Miami sobre Sorana Cirstea.

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Os organizadores do torneio, defendendo aquilo a que chamaram "uma decisão incrivelmente difícil", disseram que "condenam totalmente a invasão ilegal da Rússia" e que impediriam os jogadores de expressar apoio ou receber financiamento estatal da Rússia ou da Bielorrússia.

Devido à proibição do ano passado, Wimbledon foi despojado dos pontos para os rankings. Os organizadores e a Associação Britânica de Ténis de Relva foram alvos  deenormes multas pela WTA e pela ATP Tours, que regem os jogos de ténis de homens e mulheres.

"Agradeço o facto de Wimbledon ter passado um mau bocado no ano passado sem dar os pontos (depois) dos bielorussos e russos não terem jogado", disse o número mundial 12 Kvitova.

Eles também não deveriam ser permitidos nos Jogos Olímpicos, disse: "Ainda estou um pouco do lado ucraniano disto".

"Não nos Jogos Olímpicos, com certeza, porque sinto que os Jogos são porque sãp pela paz".

O Comité Olímpico Internacional vai decidir mais tarde sobre a participação de atletas russos e bielorrussos nos Jogos de Paris. A Ucrânia ameaçou boicotar os Jogos se os russos fossem autorizados a competir lá.

O russo Daniil Medvedev disse que estava a gostar da oportunidade de regressar a Wimbledon.

"Eu sempre disse que adorava este torneio. É o único Grand Slam, o que é surpreendente quando temos Roland Garros, em que eu ainda não cheguei aos quartos de final e quero fazer melhor", disse Medvedev, que apelou anteriormente à paz: "Tive aí algumas derrotas difíceis. Quero tentar dar a volta a isto. É um belo torneio, um belo Grand Slam. Estou realmente feliz por poder jogar lá este ano".

Medvedev disse que não tinha a certeza de como a multidão britânica iria reagir à sua presença.

"Não posso controlar isso, mas ficarei feliz por jogar lá", disse ele. "Esperemos que em grandes courts, com excelentes jogos".