Eddie Jones, que vai liderar os Bárbaros contra o País de Gales no sábado, levou a Inglaterra à final do Campeonato do Mundo de Râguebi de 2019 e a três títulos das Seis Nações.
"Tive uma boa experiência com a Inglaterra, sete anos, a maior percentagem de vitórias (para um treinador). Provavelmente era altura de mudar, a RFU decidiu que sim, que assim seja", disse Jones ao Telegraph.
"Mas o interessante é que a equipa não melhorou. Chegámos a uma final em 2019 e fomos derrotados numa meia-final em 2023. Para mim, se tenho uma falha no meu treino, e como toda a gente tem, quero sempre uma equipa que possa ganhar o Campeonato do Mundo. Não estou interessado numa equipa que não possa competir num Campeonato do Mundo", explicou.
Jones elogiou muito o seu sucessor, Steve Borthwick.
"Acho que Steve fez um trabalho fantástico, um trabalho muito bom", disse o australiano.
"Ele voltou ao râguebi inglês, mas eu estava a tentar ultrapassar isso e falhei. Mas prefiro fazer isso do que não o fazer. Quando se joga este tipo de râguebi de desgaste, é preciso ter algum fator x no remate e no resto do jogo. Era isso que eu procurava em Inglaterra, um pouco de diferença. Quando se tem um mau pontapé e se pode ir em frente, faz-se com que eles paguem", explicou.
A Austrália saiu do Campeonato do Mundo deste ano na fase de grupos, mas Eddie Jones não assumiu a culpa.
"Se não se produz uma equipa vencedora durante 20 anos, então não é o treinador, certo? É o sistema. O sistema precisa de mudar", defendeu.
"Decidi aceitar um trabalho difícil, um trabalho difícil com determinadas condições. Quando essas condições não foram cumpridas, optei por não continuar com o trabalho. Se as pessoas me quiserem culpar por tudo, não há problema. Não posso controlar isso", acrescentou.