Ford está de volta ao meio-campo para enfrentar Samoa no sábado, com Farrell a passar para o centro, numa dupla que foi por muito tempo o go-to do ex-técnico Eddie Jones (64 anos), mas que não aconteceu desde as Seis Nações de 2021.
O primeiro teste juntos foi contra Samoa, em 2014, e eles alinharam-se como 10 e 12 por 40 vezes. Nos últimos dois anos, no entanto, a ausência de Ford devido a lesão, Jones perdendo a fé nele e a chegada de Marcus Smith (24) significou que a parceria que foi tão eficaz no Mundial de 2019 esteve na gaveta.
"É emocionante, obviamente já fizemos isso muitas vezes antes e tivemos algum sucesso real com isso no passado", disse Ford aos jornalistas esta quinta-feira.
"Owen é outra voz em termos de quando queremos mover a bola, distribuir a bola, o que, esperamos, leva a algumas oportunidades de marcar golos para nós no fim de semana", explicou.
Troca de papéis
Questionado sobre o quanto eles planeiam como e quando trocar de papéis durante o jogo, Ford disse que é uma "sensação e consciência" que não deve ser muito ou estruturada.
"Só queremos ser flexíveis e é isso que acontece quando jogamos juntos tantas vezes. Às vezes nem sequer é comunicação, pode ser apenas um pouco de contacto visual", disse.
"Quando Owen se encontra no primeiro recetor, isso é um gatilho para ir um pouco mais longe e vice-versa", explicou.
Farrell tem uma opinião semelhante.
"Falamos de tudo em termos de râguebi, independentemente da equipa", disse.
"Estamos na mesma página e ambos esperamos ter evoluído desde a última vez que jogámos juntos. É intercambiável, podemos fazer os dois trabalhos. Não é uma coisa muito planeada, simplesmente acontece", acrescentou.
Apesar de Ford ter sido brilhante nas duas primeiras partidas, o técnico Steve Borthwick (43) decidiu que Farrell será o responsável pelos remates contra Samoa.
Isso deve significar que ele conseguirá os dois pontos de que precisa para ultrapassar o total de 1.179 de Jonny Wilkinson e tornar-se o recordista de pontos da Inglaterra.
"Não é algo em que se goste de pensar muito antes de qualquer coisa", disse Farrell.
"A única coisa que vou dizer é que foi uma honra ter jogado pela Inglaterra tanto quanto eu fiz para estar perto desse recorde", acrescentou.
Coube a Ford prestar homenagem ao seu amigo.
"É enorme. Para ele, ter essa oportunidade só mostra a qualidade do jogador que ele é e o quão consistente ele tem sido ao longo do tempo", disse.
"Ele está a perseguir, provavelmente, o melhor 10 inglês da história e provavelmente está a um remate de superar isso, o que é incrível. Todos os rapazes ficarão felizes por ele se e quando o conseguir", defendeu.