Râguebi: Portugal reconhece superioridade da Geórgia, mas lembra que é "princípio de um ciclo"

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Râguebi: Portugal reconhece superioridade da Geórgia, mas lembra que é "princípio de um ciclo"
Portugal perdeu com a Geórgia por 10-36
Portugal perdeu com a Geórgia por 10-36Federação Portuguesa de Rugby
A seleção portuguesa de râguebi perdeu este domingo a final do Rugby Europe Championship 2024 frente à Geórgia por 36-10, com o treinador e jogadores a reconhecerem a superioridade do adversário e a culparem a inexperiência do grupo pela derrota.

"Não fomos bons suficientes. Temos de dar os parabéns à Geórgia, foram mais fortes. Não tivemos paciência para manter a posse de bola, contra uma equipa tão física que jogou tão bem precisávamos construir, várias fases e perdemos muitas vezes a bola nos arranques. Faz parte", afirmou o treinador João Mirra, em declarações aos jornalistas após o jogo.

No estádio Jean Boudin, em Paris, Portugal protagonizou a final contra a Geórgia do Rugby Europe Championship 2024, fechando um dia dedicado ao râguebi europeu na capital francesa onde outras seleções como Polónia, Alemanha e Espanha também jogaram.

Lucas Martins é um dos jogadores mais jovens desta seleção e entrou muito cedo no jogo para substituir Nuno Sousa Guedes, que saiu lesionado. Para este luso-francês, ficou no ar um sentimento de frustração pela seleção ter apenas alcançado o segundo lugar na competição.

"Foi um grande orgulho jogar esta primeira final. Jogar por Portugal é um orgulho e de uma sorte de poder jogar, mas foi muito frustrante porque perdemos, ficámos em segundo lugar e queremos que seja a nossa vez em breve", indicou.

Tal como Lucas Martins, muitos jogadores chegaram depois do Mundial de 2023 à seleção nacional. A juventude e inexperiência desta equipa terão contado para esta derrota, como explicou José Lima, um dos jogadores mais experientes do plantel.

"Temos uma equipa jovem e a manha vai-se ganhando com a experiência, acho que hoje levámos uma grande lição e aqui muita rapaziada percebeu o que é jogar contra a Geórgia, o que é jogar uma final de um Europeu, o que vamos ter à frente e vamos ter de mudar o ‘mindset’, ser mais homenzinhos, jogar à frente, não respeitar tanto o adversário no sentido de não ficar à espera que as coisas aconteçam, que eles nos plaquem no chão e nos metam a mão na cara", declarou aos jornalistas.

Recorde as incidências da partida

Já João Mirra vê esta juventude também como uma vantagem para o futuro.

"Temos de dar os parabéns aos jogadores, porque não desistiram e abriram-nos as portas do futuro. Nós olhamos para o grupo que temos e é um grupo mais jovem, é um grupo com mais escolhas e vai tornar o papel dos treinadores no futuro mais fácil", indicou o treinador português.

Mesmo se a derrota é difícil de encaixar, para o capitão Tomas Appleton, este é apenas "o princípio de um ciclo" que deverá levar os lobos ao Mundial de 2027 na Austrália.

"Qualquer derrota é difícil de encaixar e quando chegamos a uma final, ainda mais difícil fica. Partimos para qualquer jogo para ganhar e, honestamente, hoje não estivemos ao melhor nível, quebrámos em muitas áreas de jogo e vamos ter de dar a volta por cima, porque o comboio não para. Estamos no princípio de um ciclo para 2027 e queríamos começar com o pé direito", afirmou o capitão.

Para o coletivo, ficam as boas memórias do apoio dos portugueses radicados em França que vieram em peso até Paris para apoiar a seleção, gritando sem cessar durante os 80 minutos da partida.

"Em Portugal o râguebi tem crescido muito, mas aqui em França, todos nós jogadores e staff quando sairmos desta modalidade tão bonita, vamos lembrar-nos sempre do apoio que tivemos em França, foi espetacular o que aconteceu aqui", concluiu João Mirra.