Os polacos chegaram aos oitavos do Mundial pela primeira vez desde 1986, depois de terem passado graças à diferença de golos no Grupo C, apesar de uma derrota por 2-0 com a Argentina no último jogo.
"Não estávamos prontos para ir para casa", disse Michniewicz, que só assumiu o cargo da Polónia em Janeiro, após a polémica saída do técnico português Paulo Sousa para o Flamengo.
"Se ganharmos à França, poderemos tornar-nos os próximos campeões mundiais. Estamos muito felizes por jogarmos contra os atuais campeões do mundo. Ainda não é garantido que a França avance. Está tudo em aberto e por jogar, ou se ganha ou vai-se para casa. Os riscos são altos", prosseguiu.
Michniewicz disse não ter sido capaz de identificar pontos fracos na "maravilhosa equipa" da França.
"Acreditamos que vamos fazer um bom jogo, mas sabemos que há um enorme desafio à nossa frente", disse ele. "Queremos mostrar ao mundo que podemos jogar futebol".
O prolífico Robert Lewandowski estreou-se a marcar em Campeonatos do Mundo na vitória por 2-0 sobre a Arábia Saudita, depois de ter desperdiçado uma grande penalidade no empate 0-0 com o México, no primeiro jogo da Polónia.
Michniewicz admitiu que a equipa precisa de fazer mais para fornecer o avançado do Barcelona, com a Polónia a conseguir apenas quatro remates no alvo em três jogos no Catar.
"Não criámos oportunidades suficientes para o Robert", disse ele. "Eles (avançados) precisam de estar perto da grande área. Contra a Argentina, o adversário não nos permitiu fazer muita coisa. Precisamos de melhorar isso, mas temos de perceber que a França vai ditar o jogo".
A Polónia deve tentar subjugar um ataque francês liderado por Kylian Mbappe, que ficou de fora do onze inicial na derrota por 1-0 contra a Tunísia, já que Didier Deschamps fez nove mudanças com a qualificação já assegurada.
"Como defender contra ele (Mbappe)? Penso que precisaríamos de ter scooters porque ele muito tão rápido", respondeu o avançado polaco Arkadiusz Milik, que enfrentou a estrela do Paris Saint-Germain ao serviço do Marselha.
"É difícil jogar contra um dos melhores jogadores do mundo. Precisamos de jogar colectivamente como um grupo. Ninguém é capaz de o impedir individualmente", vincou.
Polónia e França entram em campo no domingo, às 15:00.