Reveja as incidências do encontro
No terceiro jogo oficial entre Uruguai e Coreia do Sul - os uruguaios venceram em Itália-1990 (1-0) e África do Sul-2010 (2-1) -, as duas equipas abriraram as contas do grupo H, o último deste Campeonato do Mundo. Na antevisão à partida desta quinta-feira, Diego Alonso respeitou o adversário, dizendo é composto por um "plantel muito bom", e Paulo Bento não ficou atrás, recordando os tempos em que foi treinado pelo colega de profissão no Oviedo, em 1997/1998.
Nas equipas iniciais, destaque para a titularidade de Darwin Núñez, ex-jogador do Benfica, e para o facto de Seba Coates e Manuel Ugarte, jogadores do Sporting, começarem no banco de suplentes. Diego Godín, também ele titular, tornou-se no jogador mais velho (36 anos, nove meses e nove dias) a jogar pelo Uruguai num Mundial. Na Coreia do Sul, Son foi titular e atuou, como era esperado, com uma máscara de proteção facial.
A seleção asiática teve uma entrada forte e intensa no jogo, colocando os sul-americanos em sentido com a velocidade que imprimiram ao seu jogo, aproveitando o espaço concedido pela linha defensiva uruguaia. Ainda assim, a primeira oportunidade saiu dos pés de Vecino, mas Kim Seung-gyu agarrou a bola sem dificuldades.
O Uruguai passou a controlar a partida, dispondo de mais bola e baixando o ritmo vertiginoso dos primeiros minutos. Com Darwin a incorporar-se no centro de ataque e Mathías Olivera a fazer o corredor por completo, a equipa de Diego Alonso conseguiu equilibrar a partida no segundo quarto de hora, criando ocasições por Giménez (20 minutos) e Darwin (22 e 27).
A partir da meia-hora de jogo, a Coreia do Sul voltou a estar por cima, fruto do seu ataque posicional, e o Uruguai começou a baixar as linhas. Aos 34 minutos, Hwang Ui-jo recebeu um cruzamento oriundo do lado direito, mas a finalização saiu por cima. A azul celeste respondeu e, após um canto, Godín atirou de cabeça ao poste da baliza de Kim.
Com as equipas a recolherem aos balneários, o Uruguai deixou o relvado dispondo da melhor ocasião de golo, depois da Coreia ter começado e terminado o primeiro tempo com um maior ímpeto ofensivo. Ainda assim, a justiça imperava no marcador e, apesar de não se ter registado qualquer golo, as duas equipas mostraram que não vieram ao Catar passear.
Na etapa complementar, o Uruguai procurou voltar a assumir o controlo da partida e os primeiros minutos foram bastante intensos, com vários duelos no relvado e falta duras. Aos 63 minutos, saída rápida para o ataque com Valverde a libertar Darwin na esquerda, o jogador do Liverpool fletiu para o meio e, já em esforço, tentou assistir Suárez, mas Kim agarrou.
Logo a seguir, Cavani foi chamado a jogo, substituindo o jogador do Nacional na frente de ataque, que fez um jogo discreto e aquém do que já mostrou noutras ocasiões. A partir daí, la celeste começou a controlar o seu jogo, mas não conseguiu romper a organização defensiva do adversário, que entrou num registo mais conservador na reta final do segundo tempo.
Aos 81 minutos, Cavani encontrou Darwin solto de marcação na meia-direita que, com o movimento tradicional, rematou cruzado, ao lado. Valverde respondeu em cima do minuto 90 e, com um remate do meio da rua, voltou a ver a bola acertar no poste. Son ainda tentou abrir o marcador, mas a sua tentativa saiu ao lado e o empate não foi desfeito.
Flashscore Homem do jogo: Diego Godín (Uruguai)