A rivalidade entre Alcaraz, de 20 anos, e Sinner, de 22 anos, já teve episódios épicos e deve tomar o lugar daqueles entre os gigantes do "Big 3" (Federer, Nadal e Djokovic).
Amigos fora das quadras, Alcaraz foi o primeiro dos dois a levantar o seu primeiro título de Grand Slam no US Open de 2022, onde eliminou Sinner numa das melhores partidas dos últimos anos.
O número dois do mundo, no entanto, está no meio da sua mais longa seca de títulos. O último deles foi a vitória retumbante em Wimbledon em julho, quando eliminou Novak Djokovic e conquistou o seu segundo título importante.
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A sua última final foi em agosto e, nas últimas semanas, sofreu problemas físicos, incluindo uma lesão no tornozelo em fevereiro, no Rio de Janeiro.
Na última semana, porém, Alcaraz está a sorrir novamente na sua missão de defender o título do Masters 1000 de Indian Wells, onde só perdeu o primeiro set na sua estreia contra Matteo Arnaldi.
Depois disso, elevou o seu nível para derrotar Felix Auger-Aliassime, Fabian Marozsán e Alexander Zverev, este último numa partida suspensa por duas horas devido a uma invasão incomum de abelhas que picaram o espanhol.
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Embora esteja em boa forma para o confronto de sábado, o ex-número um do mundo admitiu que terá de repensar a sua estratégia para parar a ascensão imparável de Sinner.
"Honestamente, não sei como vou abordar a partida. Ele é o melhor jogador de ténis do mundo no momento, sem dúvida", elogiou Alcaraz.
"Ele está a jogar de forma inacreditável, ainda não perdeu este ano. Eu realmente gosto de vê-lo jogar. Vai ser a partida mais difícil que vou jogar este ano, com certeza", acrescentou.
O número dois está em jogo
O surgimento de Sinner demorou um pouco mais do que o de Alcaraz, mas não foi possível detê-lo este ano.
O esguio italiano acumulou um total de 19 vitórias consecutivas, com um recorde imaculado de 16-0 em 2024, uma série que o viu sair vitorioso em Roterdão e no Open da Austrália, a sua tão sonhada primeira coroa de Grand Slam.
A sua passagem pelo deserto Coachella Valley foi impecável até agora, com vitórias em sets diretos sobre Kokkinakis, Struff, Shelton e Lehecka.
Jogo duro
Embora Alcaraz tenha vencido no US Open e em dois Masters 1000, Sinner domina o confronto direto por 4-3 e venceu os dois últimos confrontos no ano passado.
Sinner tem agora o poder de vingar a derrota de 2023 nessas mesmas meias-finais de Indian Wells e tirar a posição de número 2 no ranking da ATP de Alcaraz.
"É sempre divertido jogar contra o Carlos", disse Sinner.
"Somos bons amigos fora das quadras e, nas quadras, tentamos dar 100 por cento. É muito difícil jogar contra ele, especialmente quando ele serve muito bem. Estou ansioso por cada desafio", acrescentou.
No caminho
O vencedor deste jogo tão aguardado enfrentará o russo Daniil Medvedev ou o americano Tommy Paul que medem forças na outra meia-final deste sábado.
Medvedev, o atual vice-campeão, é o favorito para avançar para a final de domingo, no lado do sorteio deixado por Novak Djokovic, que foi surpreendentemente eliminado na terceira ronda pelo italiano Luca Nardi, número 123 do mundo.
"O ano passado foi uma loucura com os meus problemas no tornozelo. Este ano sinto-me um pouco mais calmo, então talvez eu possa sair-me melhor", disse o russo depois de passar por uma tensa partida dos quartos de final contra o dinamarquês Holger Rune.
As meias-finais femininas do WTA-1000 aconteceram na sexta-feira, com a número um do mundo Iga Swiatek a enfrentar a ucraniana Marta Kostyuk e a estrela local Coco Gauff a medir foças com a grega Maria Sakkari.
