O dia começa com o Brentford-Tottenham, às 12:30, e sem Richarlison – um dos destaques da canarinha no Mundial. O avançado vai desfalcar a formação de Antonio Conte devido a uma lesão no tendão, mas as boas notícias para o técnico italiano são que pode contar com o capitão, Harry Kane, e o sul-coreano Son. Resta é saber como vão regressar... O inglês falhou uma grande penalidade que poderia ter empatado o encontro dos quartos de final com a França (2-1), enquanto o asiático foi goleado ainda nos oitavos de final pelo Brasil (4-1). Perante um tranquilo Brentford, no 10.º lugar, a pressão recai sobre os spurs para continuarem entre os quatro primeiros lugares.
Logo a seguir, há pratos para todos os gostos. Às 15:00 há quatro jogos entre surpresas e aflitos.
Destaque, claro está, para a alcateia portuguesa do Wolverhampton, agora liderada por Julen Lopetegui, naquele que será o seu primeiro jogo na Liga inglesa. Os lobos estão no último lugar e com o pior ataque da prova (oito golos), tendo recorrido ao mercado para soluções de curto prazo, com a contratação de Matheus Cunha ao Atlético de Madrid. A deslocação ao terreno do Everton pode ser o primeiro passo de uma nova era: os toffees estão também em posição aflitiva depois de no ano passado terem evitado a descida. Frank Lampard ainda não encontrou estabilidade e para este encontro não pode contar com os lesionados Calvert-Lewin, Mason Holgate e Andros Towsend, além de Connor Coady – emprestado pelo Wolves.
Ainda no contingente português, o Fulham, de Marco Silva e João Palhinha, sobe ao relvado à mesma hora na visita ao Crystal Palace. As duas equipas estão a meio da tabela com os mesmos 19 pontos, embora os cottages tenham um jogo a mais. De qualquer forma, em caso de vitória, o Fulham poderia somar os mesmos pontos que o Liverpool (sexto), que joga mais tarde.
O surpreendente (e novo rico) Newcastle também entra em ação. O atual terceiro classificado vem de cinco vitórias consecutivas para o campeonato e não perde desde 31 de agosto. A turma de Eddie Howe vai a Leicester com a possibilidade de chegar ao segundo lugar, à condição. Do outro lado vai encontrar uns foxes que parecem ter estabilizado depois de um início difícil. Brendan Rogers conseguiu somar quatro vitórias e uma derrota (com o Manchester City) antes da pausa para o Mundial. Jamie Vardy é o jogador ativo com mais golos apontados no boxing day (cinco).
Nos restantes jogos a essa hora, o penúltimo Southampton recebe o Brighton, sétimo classificado – ainda sem o campeão mundial Alexis Mac Allister.
Às 17:30, o novo Aston Villa de Unai Emery recebe um Liverpool à procura de pontos depois de um início conturbado. As duas vitórias consecutivas dos reds deixam-nos ainda a sete pontos da zona de classificação para a Liga dos Campeões. Com um grande leque de lesões – no qual se encontram Diogo Jota e Luis Díaz –, os comandados de Jurgen Klopp podem contar pelo menos com o egípcio Mohamed Salah que estará desejoso de mostrar serviço depois de falhar o Mundial. Por outro lado, os villans colocaram um ponto final na ligação com Steven Gerard – lenda do Liverpool – e deram início à era Unai Emery. Os dois triunfos consecutivos do espanhol no campeonato, encheram o balão com um pouco de oxigénio e deixam a equipa a respirar com cinco pontos de vantagem para a linha de água.
No último encontro do dia, às 20:00, o líder Arsenal recebe o irregular West Ham. Depois de dominarem os primeiros meses da Liga, os gunners terão de provar que não perderam o comboio depois do Campeonato do Mundo. A má notícia para Mikel Arteta é que Gabriel Jesus, a contratação mais sonante e acertada para o plantel londrino, vai desfalcar o emblema até meados de fevereiro depois de se lesionar pelo Brasil.
A boa é que o jovem Bukayo Saka demonstrou muita qualidade pela seleção inglesa e pode continuar a boa forma na Premier League. A vantagem de cinco pontos na tabela é irrisória diante de um rival como o Manchester City, portanto não há espaço para falhar neste dérbi londrino caseiro diante dos hammers. A turma de David Moyes já recebeu o mundialista marroquino Aguerd – figura da caminhada história daquela seleção –, assim como o brasileiro Lucas Paquetá e o inglês Declan Rice.