À margem da homenagem, Abel Ferreira voltou a falar sobre o alegado interesse do Brasil em tê-lo como selecionador daquele país mas sublinhou que pretende continuar no Palmeiras até 2024.
"É essa a minha realidade, mas é uma honra muito grande ver o nosso nome associado a grandes clubes ou a grandes seleções. Vivo com os pés assentes no aqui e no agora e a minha realidade é o Palmeiras, que começou a trabalhar hoje e eu estou aqui. Pela relação que tenho com a direção e com os meus capitães, comuniquei-lhes que tinha algo a fazer em Portugal, não lhes disse o quê, mas eles já sabem. Começou hoje o início da época e não consigo estar em dois sítios ao mesmo tempo. Quarta-feira já lá estarei para continuar esta caminhada que decidimos fazer juntos até 2024", afirmou Abel Ferreira, que aponta a novas conquistas pelo Palmeiras.
"Queremos fazer o mesmo, mas melhor. O que fizemos já é passado e dá-nos responsabilidade e orgulho, mas agora temos de fazer o mesmo, mas melhor. Quem está no Palmeiras tem de lutar por títulos. Este ano vamos lutar por cinco, porque não vamos poder disputar pelo Mundial. E dentro dessas cinco, vamos tentar agarrar o máximo possível, mas para isso teremos de fazer melhor, porque os nossos adversários também se vão reforçar, vão olhar para nós como a equipa a abater", explicou Abel Ferreira, que esta temporada terá ainda mais treinadores portugueses no Brasileirão.
"Muitos perguntam a diferença do futebol brasileiro para o Europeu. Tem tudo que ver com a intensidade do torcedor, da imprensa, com a exigência nos jogos, com a logística, o estar constantemente a viajar três ou quatro horas de avião, preparar os jogos de dois em dois dias. A intensidade é complemente diferente, mas ajuda-nos a sermos muito melhores. Sou muito melhor treinador hoje do que era há uns tempos atrás, pelas dificuldades e obstáculos. O futebol brasileiro fez com que eu refletisse e percebesse onde estava para me adaptar. Agora serão sete ou oito treinadores portugueses. Sei da competência deles, mas a competência não tem nacionalidade nem idade. Por isso, partimos para uma competição onde vários querem ganhar. Acho que na história do futebol brasileiro, nunca teve tantos clubes com tanta história a competir na 1.ª Liga como este ano, com as subidas do Grêmio, do Cruzeiro, do Vasco. Tem tudo para ser uma grande competição, como, aliás, sempre é", sublinhou Abel Ferreira.