Recorde aqui as incidências do encontro
Face às ausências do capitão Coates e Morita, suspensos por acumulação de amarelos, Rúben Amorim foi obrigado a mexer no centro da defesa e a colocar Pote ao lado de Ugarte no miolo. Mesmo com Adán de regresso entre os postes, a linha de três centrais era um poço de juventude, com o mais velho, Jeremiah St. Juste (26 anos), a fazer companhia a Gonçalo Inácio (21) e Diomande (19). Destaque ainda para Francisco Trincão no ataque e Matheus Reis sobre a ala esquerda.
Por outro lado, os líderes da Premier League contaram com o português Fábio Vieira e o retorno de Gabriel Jesus à titularidade depois de quatro meses afastado por lesão. Arteta alinhou com grande parte da equipa base, excetuando Reiss Nelson no ataque. A inclusão de Tomiyasu saiu furada, já que o japonês foi substituído por lesão logo aos nove minutos.
Erro (quase) capital
Foram os leões que entraram melhor no jogo, assumindo a posse de bola diante de um adversário cauteloso, e Francisco Trincão deixou o primeiro aviso à baliza de Ramsdale, com um remate em arco à entrada da área que saiu perto do poste. Os 58% de posse de bola do Sporting aos 15 minutos colocaram o Arsenal em sobressalto, que respondeu com um desvio pouco ortodoxo de Gabriel Jesus que colocou Adán à prova.
Mas, aos 20 minutos, um erro na abordagem de Ricardo Esgaio deu possibilidade à fuga de Martinelli pela esquerda, o brasileiro rematou para a defesa do guardião e, na recarga, Xhaka chegou primeiro e rematou para o fundo das redes, colocando os gunners em vantagem.
Um duro golpe para Rúben Amorim e nova contrariedade para Arteta, desta vez a ter que retirar Saliba do campo, também com queixas físicas, entrando Rob Holding para o seu lugar. O Arsenal começou a controlar as incidências do jogo, mas numa rápida reposição de Adán, Edwards ganhou a frente a Gabriel Magalhães dentro de área e rematou contra o defesa, quando tinha um companheiro em melhor posição.
Responderam os londrinos numa jogada individual de Gabriel Jesus que acabou com uma grande defesa de Adán. A partir daqui, os londrinos aproximaram-se da área leonina aproveitando as falhas no controlo de profundidade dos centrais.
No entanto, os últimos lances de perigo antes do descanso perteceram ao Sporting. Primeiro, St. Juste furou pelo meio campo e rematou por cima à entrada da área, depois foi um disparo de Ugarte que desviou em Xhaka e saiu muito perto do poste.
Gabriel Jesus, ainda à procura da melhor condição física, ficou no balneário e deu lugar à entrada de Trossard, que na última partida fez um hat-trick de assistências contra o Fulham, de Marco Silva. Os verde e brancos voltaram a começar melhor, apesar de não conseguirem intrometer-se na área adversária.
Pote de ouro
Já se justificava o empate dos leões e ele chegou num momento espetacular de Pote. O médio recuperou a bola a meio campo, viu Ramsdale adiantado e lançou um chapéu de aba larga perfeito que nem o melhor esforço do guarda-redes conseguiu evitar. Um grande momento do internacional português que fica na história desta edição da Liga Europa.
O momento de inspiração motivou os sportinguistas na procura da reviravolta, que só não aconteceu no imediato porque o cabeceamento de Paulinho saiu a centímetros da trave. Pouco depois, Esgaio com uma bela iniciativa fletiu para o meio do campo, isolou Edwards e o remate do inglês esbarrou na cara de Ramsdale. Nem as entradas dos habituais titulares Thomas Partey e Bukayo Saka seguravam o ímpeto leonino.
O primeiro lance de perigo dos gunners surgiu do pé esquerdo de Fábio Vieira, na marcação de um livre para defesa tranquila de Adán. Rúben Amorim foi conservador no jogo dos bancos e só aos 89 minutos mexeu para colocar Chermiti e tirar Paulinho. O Sporting continuou a mandar, mas os lances de perigo escassearam até ao apito final e o jogo seguiu para prolongamento.
(Mais) um erro que podia ser fatal
No arranque da etapa complementar, Pedro Gonçalves esgotou as forças e teve de ser rendido pelo menino Dário Essugo (18 anos), com Nuno Santos a entrar também para o lugar de Matheus Reis.
O jovem médio fica a dever um jantar a Adán, já que poucos segundos depois de ter entrado, isoladou Trossard com um passe atrasado sem olhar . No entanto, o guarda-redes espanhol travou o remate do belga com a mão direita e a ajuda do poste. Arteta aproveitou a mudança no estado anímico para lançar a arma secreta Odegaard, um dos melhores jogadores da equipa esta temporada.
Os gunners ficaram perto do golo em cima do descanso num cabeceamento de Rob Holding ao primeiro poste que saiu por cima da trave. Aos primeiros segundos da segunda metade, Partey rematou à entrada da área com a bola a passar perto do poste, à medida que crescia a influência de Odegaard e o Arsenal se instalava no último terço do Sporting.
Na marcação de um livre lateral para os britânicos, Gabriel Magalhães ganhou a Essugo e cabeceou para mais uma grande defesa de Adán. No canto que se seguiu, o central brasileiro voltou a cabecear para o golo, mas desta vez foi Diomande a negar o golo em cima da linha.
Num final de loucos em Londres, Ugarte viu o segundo amarelo depois de uma entrada forte sobre Saka e o Sporting conseguiu aguentar até chegar às grandes penalidades.
Adán segurou o bilhete e Nuno Santos carimbou-o
Na lotaria, St. Juste, Esgaio, Inácio e Arthur Gomes marcaram para o Sporting, Odegaard, Saka e Trossard igualaram para o Arsenal. O momento alto aconteceu no duelo travado entre Martinelli e Adán, com o guardião a voar para travar o remate do brasileiro. No penálti decisivo, Nuno Santos assumiu a responsabilidade e disparou para o fundo das redes.
Homem do jogo Flashscore: Adán (Sporting).