- Como correu o final de época em Atalanta?
- A mudança para o treinador Quin Snyder foi boa para o clube. Tivemos apenas alguns dias após o final da época para nos prepararmos para os play-offs com Boston, e aí foi possível ver muito mais de nós a habituarmo-nos ao novo sistema de jogo. É difícil introduzir algo novo na equipa durante a época, porque não treinamos e só jogamos, o que torna tudo mais difícil. Mas deu para ver que tivemos quatro dias de folga após a temporada regular, onde treinamos um pouco e pudemos entrar no sistema, e acho que a primeira ronda correu bembem.
- Lidar com as trocas tem sido complicado?
- Até as trocas são uma parte importante da NBA e é preciso saber lidar com elas. Digo sempre que toda a gente que entra na liga é um jogador extremamente talentoso e que a diferença entre os melhores jogadores é definitivamente mental. Têm de ser capazes de dar o seu melhor todos os dias e ser fortes. Cada experiência como essa ajuda tanto no jogo quanto na vida.
- Com a seleção as coisas não correram bem e está fora dos Jogos Olímpicos
- Não terminou da forma mais feliz, fiquei bastante triste com isso. Mas acho que, como tínhamos um novo treinador e uma nova equipa, não havia muito tempo para nos prepararmos. Criámos uma boa base para o futuro e podemos construir sobre o que criámos no verão. Houve muitos pontos positivos, mas também muitas coisas que precisamos de melhorar.
- E agora um novo selecionador
"A equipa vai ser rejuvenescida e Diego Ocampo é um excelente treinador para esta renovação que a nossa seleção está a atravessar neste momento. Estou contente por o termos lá agora e por a nossa equipa ter mostrado o que mostrou.
- Entretanto foste homenageado também
- É um sonho tornado realidade para mim. Estou muito feliz por ter resultado. Todos os que ajudaram neste evento são meus amigos e foi uma sensação muito especial estar com todas as pessoas que vieram, ver 50, 100 crianças a jogar basquetebol. Havia uma série de actividades fantásticas para eles. Tínhamos uma cabine de Playstation, uma zona de fotografia, diferentes concursos para os miúdos e, por fim, uma exibição de 3x3, pelo que todos gostaram imenso.
- É um dos temas muito discutidos, mas os jogadores europeus estão a ter sucesso na NBA
- Na América, toda a gente cresce com isso, há muito talento lá e toda a gente tem de lutar com toda a gente desde tenra idade e ser melhor do que os outros. Na Europa, também há muitos jogadores talentosos, mas a competitividade não é a mesma desde tenra idade. Seja qual for a equipa em que se entra, há tipos que lutam por cada bola e querem provar que são melhores do que nós.
- E o que está a significar esta experiência na NBA?
- Uma coisa que tento seguir é: controlar o que se pode controlar. Há muitas coisas na NBA que não se podem controlar, mas o que eu posso controlar é a forma como trabalho em mim próprio e o tempo que dedico a isso. E isso é o mais importante para mim neste momento. Penso que tive um bom verão, tentei trabalhar arduamente e preparar-me o melhor que pude. Fiz tudo para isso e agora vou para a América para mostrar que pertenço à melhor liga do mundo.