Agora que Primoz Roglic deixou a equipa, o vencedor da Vuelta, o americano Sepp Kuss, vê-se a si próprio como o substituto óbvio do esloveno como co-líder, juntamente com o dinamarquês, duas vezes vencedor da Volta a França.
"Claro que depende da minha qualidade, mas estrategicamente não faz mal nenhum ter dois líder. Penso que eu e o Jonas podemos trabalhar bem juntos. Temos as mesmas qualidades nas montanhas. É sempre bom para nós ter dois ciclistas no topo da classificação geral", disse o trepador americano ao jornal belga Wielerflits.
Sepp Kuss ganhou muita confiança depois de ter conquistado a vitória geral na Vuelta a España no ano passado.
Naquela ocasião, ele foi originalmente concebido como um mero gregário de Primoz Roglic e Jonas Vingegaard, mas como ganhou vários minutos numa grande fuga no início da corrida, foi colocado em jogo como vencedor da geral. Depois de discussões internas e externas, Jonas Vingegaard e Primoz Roglic fecharam-se abertamente para dar ao fiel americano a vitória na geral do Grand Tour.
Sepp Kuss afirma abertamente que a vitória na Vuelta lhe deu uma nova confiança em si próprio, dizendo ao Wielerflits que acredita que tem capacidade para vencer a Volta a França - nas circunstâncias certas. No entanto, reconhece que ainda está a descobrir quem é enquanto ciclista e se consegue lidar com a pressão que advém da luta pela vitória nas grandes corridas.
"É algo que preciso de explorar. Não sei que tipo de líder sou. E se o sou de facto. Provavelmente não sou, para ser sincero. Mas também já tive líderes que não eram líderes naturais", diz Kuss.
Sepp Kuss correu as três grandes voltas no ano passado, mas este ano só vai correr a Volta a França e a Vuelta a Espanha. De acordo com Wielerflits, será decidido em agosto se Vingegaard também correrá a Grande Volta a Espanha.