A diferença é notória. Com De la Fuente, há um consenso na Federação de que deve continuar como treinador, apesar dos aplausos que deu a Rubiales na Assembleia. Mais tarde, o presidente interino arrependeu-se e não tem dúvidas quanto a ele.
"Tem o apoio de todos os membros da RFEF. É um trabalhador que está a fazer um excelente trabalho. Temos dois jogos pela frente e ele tem de dedicar-se aos treinos, ter sorte, porque a sua sorte é a sorte de toda a Espanha", disse Rocha à imprensa presente no Mónaco.
No entanto, no que diz respeito ao treinador da equipa feminina, não há contundência, muito pelo contrário. "Não podemos dizer que Vilda já não é treinador, porque ainda não nos encontrámos com ele. Quando nos reunirmos com ele, na próxima semana, daremos as notícias pertinentes. Falta essa reunião, vamos ver o que as partes decidem e depois será comunicado. Temos de ouvir e falar. Ainda não o fizemos", afirmou.
Vilda e Rubiales têm sido aliados próximos desde que 15 jogadoras entraram em greve na seleção espanhola em setembro de 2022, em protesto contra os métodos do treinador, mas também exigindo melhorias da federação nas condições de viagem, número de pessoal de apoio e outras áreas.
Entretanto, mais de 80 jogadoras da seleção espanhola estão em greve em protesto até que a liderança da federação (RFEF) seja mudada, na sequência do beijo forçado do presidente Luis Rubiales nos lábios de Jenni Hermoso, depois de a equipa ter triunfado na final em Sydney, a 20 de agosto.
Sem contacto com Rubiales
Pedro Rocha foi escolhido por Luis Rubiales como o responsável pela RFEF, caso este acabe por sair. Mesmo assim, diz não ter tido qualquer contacto com ele desde que se soube que a FIFA o tinha suspendido.
"Temos muito claro que a instituição está acima das pessoas, precisamos de unidade e consenso. Viemos da RFEF para apoiar as nossas equipas porque a imagem é muito importante. Estamos a jogar por muito. Temos um Campeonato do Mundo no futuro. Temos de pedir consenso", defendeu Pedro Rocha.