De Otto Glória a Rajevac: Gerardo Martino procura nova ‘traição’

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De Otto Glória a Rajevac: Gerardo Martino procura nova ‘traição’
Gerardo Martino vai tentar a segunda vitória diante da Argentina
Gerardo Martino vai tentar a segunda vitória diante da ArgentinaAFP
Nascido em Rosario, o selecionador do México defronta a Argentina na segunda jornada do Grupo C do Mundial-2022. Se vencer deixa o país natal fora da competição e junta-se a uma lista de selecionadores que cometeram uma ‘traição’ no maior torneio de seleções.

Dia decisivo para Argentina. Surpreendida pela Arábia Saudita (1-2) na primeira jornada, a Albiceleste sabe que tudo o que não seja uma vitória diante do México (19 horas) poderá colocar em causa o apuramento para os oitavos de final e o sonho de erguer o troféu no Catar.

E do outro lado da barricada vai estar um argentino que procura cometer uma traição para levar o México à próxima fase. Nascido há 60 anos em Rosario, Gerardo Martino vai defrontar a Argentina pela quinta vez na carreira de treinador e tentar aquela que seria apenas a segunda vitória – triunfou com o Paraguai por 1-0, na qualificação para Mundial-2010 –, num registo em que soma duas derrotas (a última das quais em 2019) e um empate.

"Sei onde nasci, mas tenho de fazer o impossível para que o México ganhe. Posso dizer-vos a cidade onde nasci, o hospital onde nasci, o sítio onde fui criado, tudo na Argentina, mas para este jogo não posso ter outra resposta", desabafou na antevisão da partida.

Tata Martino pode tornar-se no sexto treinador a vencer o país natal num Campeonato do Mundo. Uma lista de traições que começou com um brasileiro ao serviço de… Portugal.

Depois de comandar FC Porto e Sporting, Otto Glória liderou Portugal na histórica caminhada do Mundial-1966. No percurso até ao terceiro lugar, o treinador carioca defrontou o Brasil onde nasceu, derrotando a Canarinha por 3-1, na última jornada do Grupo 3.

12 anos mais tarde, o histórico Ernst Happel liderou os Países Baixos na goleada frente à Áustria natal por 5-1, na segunda fase de grupos. Um resultado enfático de uma Laranja Mecânica que acabou derrotada na final pela Argentina (1-3 após prolongamento).

Em 1986, o alemão Sepp Piontek ajudou a Dinamarca a surpreender a Alemanha (2-0) na terceira jornada do Grupo E. Ainda assim, seriam os germânicos a rir por último, já que os nórdicos acabaram goleados nos oitavos de final pela Espanha (1-5), enquanto os alemães seguiram até à final (derrota com a Argentina por 2-3).

No primeiro Mundial do século, em 2002, Bruno Metsu foi protagonista daquela que foi, talvez, a traição mais mediática desta lista. Campeã do Mundo e da Europa, a França defrontava o estreante Senegal no jogo inaugural e acabou derrotada (0-1), com Papa Bouba Diop (30’) a garantir a vitória dos Leões de Teranga comandados por um técnico francês.

Há 12 anos, na África do Sul, o Gana entrou a vencer no Mundial, ao bater a Sérvia (1-0), na primeira jornada do Grupo D. Um duelo de sérvios nos bancos, em que Milovan Rajevac levou a melhor sobre Radomir Antic e foi o último treinador a vencer o país natal num Campeonato do Mundo.

Será que o Gerardo Martino irá inscrever o nome nesta lista?