Novak Djokovic deu uma longa entrevista ao programa da CBS "60 minutes", que vai para o ar esta noite, na qual, entre outras coisas, esclarece a sua relação com os seus adversários mais famosos, Federer e Nadal.
"Há um grande respeito por Federer e Nadal, mas não somos amigos porque somos rivais, e isso torna difícil para nós estarmos próximos e partilharmos intimidades das nossas vidas que podem ser usadas contra nós. Partilhámos o palco durante tantos anos com grande respeito, por isso espero que um dia, quando a cortina se fechar, nos possamos sentar, falar e refletir, isso seria ótimo", afirmou Djokovic.
O sérvio falou depois do seu historial e da sua sede de vitórias.
"Para mim, é completamente normal. Ser honesto, ser autêntico e exprimir o que sinto. Tento apenas ser honesto comigo próprio e com os outros e dizer quais são as minhas metas e objetivos. É tão simples quanto isso", explicou.
Um pensamento que pode ser visto como uma resposta a Rafa Nadal que, numa entrevista à Movistar+, tinha dito que não sente nada quando vê Djokovic ganhar.
"Sim, gostaria de ser o tenista com mais torneios do Grand Slam da história, o desporto é isso. Mas não é uma obsessão. Não estou frustrado por uma razão simples, que é o facto de achar que fiz tudo o que podia para que as coisas corressem da melhor forma para mim", afirmou.
"Quando é que me vou reformar?, continuou Nole na entrevista à CBS. "Quando os jovens começarem a dar-me uma tareia, isso significará que é altura de refletir. Mas, por agora, isso não está a acontecer...", acrescentou.
Djokovic falou ainda sobre a sua posição relativamente às vacinas anti-covid, que tem causado tanta discussão.
"Tentaram rotular-me como anti-vacinacionista, mas não sou, não sou no vax ou mesmo pro vax, apenas quero que as pessoas sejam livres de escolher", explicou o tenista sérvio.