Federação espanhola despede dirigentes ligados a caso de corrupção

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Federação espanhola despede dirigentes ligados a caso de corrupção
Guardas de segurança à porta da sede da federação espanhola
Guardas de segurança à porta da sede da federação espanholaReuters
A Federação Espanhola de Futebol (RFEF) demitiu esta quinta-feira dois dirigentes ligados a uma investigação de corrupção, no valor de milhões de euros, acrescentando que o caso causou "danos muito graves" à imagem do desporto no país.

Pedro Gonzalez Segura, diretor dos serviços jurídicos, e José Javier Jiménez, diretor dos recursos humanos, foram demitidos dos seus cargos, informou a RFEF em comunicado.

"A Real Federação Espanhola de Futebol abriu um processo disciplinar e destituiu dos seus cargos e funções os dirigentes relacionados com o processo judicial que está a ser julgado pelo Tribunal 4 de Majadahonda", acrescentou a RFEF em comunicado.

A federação também rescindiu contrato com o seu consultor jurídico externo, Tomas Gonzalez Cueto, da GC Legal, e cancelou os seus poderes para representar a federação em processos judiciais, juntamente com o seu parceiro Ramon Caravaca.

Até ao momento, a Reuters não conseguiu contactar os executivos demitidos e solicitou um comentário à GC Legal.

Na quarta-feira, a polícia fez buscas na sede da federação, e num apartamento pertencente ao seu antigo presidente, Luis Rubiales, detentendo sete pessoas no âmbito de uma investigação sobre alegada corrupção, que inclui um acordo para transferir a Supertaça de Espanha para a Arábia Saudita.

Um tribunal espanhol está a investigar desde junho de 2022 se Luis Rubiales cometeu um crime de gestão imprópria quando a RFEF concordou com a empresa Kosmos, do ex-jogador do Barcelona, Gerard Piqué, em transferir o torneio, disse uma fonte judicial na quarta-feira.

Rubiales não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters, mas negou repetidamente qualquer irregularidade.

Numa entrevista ao El Español, publicada esta quinta-feira, Luis Rubiales disse que iria cooperar com a investigação.

"Nunca fiz nada de errado. Vou responder a tudo", disse ao El Español.

É o segundo escândalo em menos de um ano que abala o organismo máximo do futebol espanhol, depois de Luis Rubiales ter sido forçado a demitir-se devido a um beijo não solicitado na boca da jogadora Jenni Hermoso, após a final do Campeonato do Mundo Feminino, e quando a federação tentava anunciar eleições para um novo presidente.