Um incidente bizarro ocorrido durante o treino de quinta-feira passada mostra como a situação é tensa: Um adepto que gritava constantemente "Jardim de Infância" para os jogadores foi convidado a entrar no relvado pelo treinador adjunto, Kevin McKenna, onde foi autorizado a falar com os jogadores, visivelmente irritados. Só então prosseguiram os preparativos para o jogo de tudo ou nada em Mainz.
Esta ação está em sintonia com o clima de desespero que reina em Colónia, desde a chocante derrota por 0-2 frente ao Darmstadt 98.
A distância para o 16.º classificado é de cinco pontos e, no domingo, apenas uma vitória contra o rival direto ajudará.
"No final das contas, agora podemos adotar uma atitude de total abandono", afirmou o treinador Timo Schultz.
"Agora temos uma atitude de 'não queremos saber'", disse o avançado Mark Uth.
"Temos que querer a bola, temos que mostrar mais dureza nos tackles".
Se isso não acontecer, a sétima despromoção da história do clube - todas em apenas 26 anos - dificilmente poderá ser evitada.
Daum não acredita na manutenção
Mas ainda há uma réstia de esperança.
"Ainda temos pontos suficientes para apanhar as equipas que estão à nossa frente", disse Schultz.
"Mas temos de ter um desempenho diferente, caso contrário não precisamos de começar a contar pontos", acrescentou.
Os adversários do Mainz, que recentemente conquistaram 11 pontos em cinco jogos sob o comando do técnico Bo Henriksen - apenas RB Leipzig e Bayer Leverkusen conquistaram mais pontos neste período - não se alegrarão tão cedo.
O jogo contra o Colónia é "a próxima final", afirmou o dinamarquês.
"Temos de continuar a perseguir", acrescentou.
Em 15 jogos fora de casa até agora, o Colónia só conseguiu uma vitória, quando ganhou por 1-0 em Darmstadt no início de dezembro.
"Temos de estar na máxima força desde o início", disse Uth. "Só temos esta oportunidade", afirmou.
Uma oportunidade em que muitos em Colónia já não acreditam.
"Por muito triste que pareça, presumo que o Colónia será infelizmente despromovido", disse o antigo treinador, Christoph Daum, à revista 11Freunde.
"Não consigo imaginar como o clube ainda pode agarrar uma tábua de salvação da manutenção", lamentou.