"Temos de ter muito cuidado". Hervé Renard não deixou margem para dúvidas antes do confronto com a Suécia , na primeira ronda de qualificação para o Euro-2025. A equipa francesa precisa de ser séria se quiser passar um grupo particularmente difícil. Dominantes em todos os aspetos do jogo contra a Irlanda na sexta-feira (1-0), as Bleues tiveram, no entanto, dificuldades em marcar golos. Um problema que precisa de ser resolvido o mais rapidamente possível.
Melhor em lances de bola parada?
No início desta fase de qualificação, a França tinha um objetivo: recuperar após o fracasso da final da Liga das Nações. Logicamente, foi o que aconteceu. As francesas tiveram um desempenho sólido contra a bem posicionada retaguarda irlandesa. Defensivas e combativas, protegeram incansavelmente a sua baliza. No entanto, as Bleues deveriam ter sido capazes de quebrar o impasse.
Foram 21 remates (contra apenas um da Irlanda), mas não conseguiram aproveitar as oportunidades. Na verdade, o golo foi marcado por Kenza Dali na sequência de um livre e não no decorrer do jogo, o que diz muito sobre a técnica e a habilidade das jogadoras em frente à baliza.
Hervé Renard não ficou alheio a isso. "Pressionámos e continuámos a pressionar. Não fomos muito ameaçadores, com exceção de algumas bolas longas para a área, mas fomos sólidos. O espírito foi bom, mas ainda gostaríamos de ver um pouco mais de realismo. A Suécia conseguiu um bom resultado em Inglaterra (1-1), um jogo que foi, sem dúvida, muito duro e difícil. Conseguimos controlar um pouco o nosso plantel e espero que estejamos um pouco mais frescas nesta terça-feira", afirmou após a partida de sexta-feira.
Superação em Gotemburgo
Embora a França domine o Grupo A, terá pela frente um grande nome. A Suécia, semi-finalista do Mundial de 2023, não deixará margem para erros. A França vai ter de atacar rapidamente e não poupar nas bolas para a área, quer pelo meio, quer através de cruzamentos corretamente colocados. O risco é que as adversárias convertam as suas oportunidades e se revelem muito menos fáceis de vencer do que as irlandesas.
"Percebi que a margem de erro é cada vez menor com uma seleção como a Irlanda", disse Hervé Renard ao L'Equipe neste fim de semana.
"Ainda é um pouco preocupante, porque, no futebol feminino, a diferença ainda é considerável. E agora, nestes jogos, ganha-se por 1-0...", acrescentou.
As francesas estão avisadas. A seriedade e a aplicação vão imperar na Suécia. Tanto mais que, depois deste encontro, as francesas enfrentarão a Inglaterra, outro grande jogo, para o qual terão de estar igualmente preparadas.