Em 2013, a Polónia empatou (1-1) fora de casa contra a Moldávia, numa partida de qualificação para o Campeonato do Mundo. Na altura, o selecionador polaco era Waldemar Fornalik, que foi demitido o cargo alguns meses depois. Por isso, antes do jogo de qualificação para o Euro 2024 desta terça-feira, em Chişinău, Wojciech Szczęsny recomenda cautela e concentração.
"Há dez anos, empatámos com a Moldávia depois de um mau jogo, embora também fôssemos favoritos. É preciso jogar ao mais alto nível, mesmo contra adversários que parecem muito mais fracos. Temos muito respeito pelos nossos rivais. Sabemos que eles tiraram pontos à República Checa nestas eliminatórias. Temos de estar muito concentrados", alertou o guarda-redes da Juventus.
A Moldávia somou dois pontos nos últimos três jogos, depois de empatar com as Ilhas Faroé (1-1) e República Checa (0-0). Na sexta-feira passada, perdeu por 0-2 diante da Albânia.
"Nestes jogos, a chave é sempre a paciência. Muitas vezes, se não marcarmos nos primeiros 30 minutos, a equipa começa a precipitar-se e ficamos vulneráveis aos contra-ataques. É preciso construir as ações com paciência e estar sempre bem organizados na defesa, sobretudo quando temos a bola. Precisamos de alguma paciência, eficácia na frente e organização no jogo defensivo. Vimos partes dos jogos da Moldávia. Temos de executar os nossos objetivos da melhor forma possível e depois desfrutaremos da vitória", explicou Szczęsny.
Na sexta-feira, os polacos venceram a Alemanha por 1-0 no Estádio Nacional de Varsóvia, após um golo de Jakub Kiwior, embora o adversário fosse favorito. O herói da partida foi Szczęsny, que defendeu dez remates.
"Os jogos em que tenho muito trabalho são mais memoráveis, especialmente quando as minhas intervenções trazem um resultado positivo. No entanto, sou um futebolista experiente e prefiro quando o jogo à minha frente está montado e só tenho de ajudar a equipa de vez em quando, colocar todos à minha frente e tirar sempre os três pontos do jogo", explicou o guardião polaco.
Nos últimos anos, a seleção polaca tem sido criticada pelo seu estilo de jogo defensivo e por ceder à iniciativa aos rivais. Por este motivo, o treinador Czeslaw Michniewicz, que dirigiu a seleção de 2022, foi alvo de fortes críticas por parte dos meios de comunicação social. O seu sucessor, o português Fernando Santos, decidiu, no entanto, não fazer uma mudança drástica de tática.
"Prefiro ganhar um jogo do que jogar ofensivamente e empatar 3-3 como contra a Hungria ou perder 2-3 como contra a Suécia durante o Europeu. Se o resultado for bom, não me queixo, embora compreenda que os adeptos preferem ver um futebol mais espetacular. Temos potencial para jogar esse tipo de futebol, mas isso não acontece de um dia para o outro. Está no ADN do nosso futebol sofrer em campo, à procura de contra-ataques e bolas paradas. Não temos paciência para construir ações durante muito tempo. No entanto, temos potencial para melhorar o jogo", analisou Szczęsny.