As norte-americanas querem exorcizar os demónios do desastroso Campeonato do Mundo do ano passado e regressar ao topo do pódio olímpico quando viajarem para Paris, depois de se contentarem com o bronze em Tóquio e de terem saído do Rio de Janeiro de mãos vazias.
Poucos parecem ser mais aptos para a tarefa do que Hayes, a arquiteta por detrás do domínio do Chelsea no futebol feminino inglês, cuja contratação pela seleção dos EUA provocou uma enorme celebração entre os adeptos americanos.
"Ela é uma vencedora em série. Ela sabe taticamente o que é preciso para vencer", disse a defesa Crystal Dunn, que já jogou sob o comando de Hayes no Chelsea.
Hayes terá pouco tempo com as quatro vezes medalhistas de ouro antes do início dos Jogos em julho, fazendo a estreia como treinadora em junho para dois jogos de preparação contra a Coreia do Sul.
Ela visitou as jogadoras norte-americanas no início do ano, mas não teve mais nenhum contacto desde então, disse a veterana Emily Sonnett aos repórteres na segunda-feira, ao aparecer com as companheiras de equipa em Nova Iorque.
"Ainda vamos ter de a conhecer. Ela tem uma mentalidade vencedora, um currículo vencedor, por isso estamos muito entusiasmadas por ela entrar no ambiente, aprender com ela e levar esta equipa a um novo patamar", disse a médio Rose Lavelle.
O ano de 2024 começou bem para a equipa, com um triunfo na Gold Cup e uma vitória nas grandes penalidades sobre o Canadá na final da Taça SheBelieves, na semana passada. A vitória mais recente veio com significado adicional, já que o Canadá derrotou os EUA na meia-final dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021.
Dunn, que vai disputar os terceiros Jogos Olímpicos se for convocada para Paris, disse que poucas pessoas compreenderam o quão difícil foi o caminho até ao terceiro lugar em Tóquio.
"Quem olhava de fora dizia: 'Oh, que fracasso, os EUA não ganharam'. Eles não sabem os desafios pelos quais passamos, os desafios que superamos no torneio", disse Dunn.