Raúl García vai pendurar as chuteiras porque é "o momento ideal", apesar de "fisicamente" se sentir "bem". E fá-lo como o terceiro jogador com mais jogos na história da LaLiga (602, um número que pode aumentar nas próximas semanas). "Chegou o momento de encerrar esta bela aventura para começar outra. Não é fácil, porque sinto que sou um privilegiado que adora o seu trabalho e vir treinar", explica.
"Há muitos anos que faço uma rotina muito semelhante, mas sempre fui muito meticuloso e consciencioso. Sempre disse que gostaria que o meu último ano fosse bom e fácil, sem sofrer ou passar por aqueles momentos complicados que o futebol também tem. Nesse sentido, tem sido bonito", acrescentou o antigo jogador do Atlético Madrid, que acredita poder reformar-se com tranquilidade depois de uma carreira que inclui nove troféus.
"A decisão não dependia da conquista do título, porque já a tinha bem clara há uns meses, mas acho que o culminar é especial. É algo diferente que me preenche e me faz sentir mais orgulhoso, se possível, embora tenha as suas desvantagens, porque se sabe que na próxima época a equipa vai jogar na Europa", diz Raúl García.
O jogador do Athletic, que espera que os adeptos se tenham sentido orgulhosos depois de ter "deixado tudo" em campo, conclui com o seguinte resumo: "Se olharmos para trás, às vezes é assustador ver o que consegui, porque nunca pensamos até onde podemos ir. É verdade que sou uma pessoa que tentou aproveitar ao máximo o caminho e o dia a dia, sem pensar mais além, e isso ajudou-me, pouco a pouco, a fazer desta uma bela história".