Loucura no banco valenciano. Desilusão no banco de Carlos Carvalhal. Celta e Valência deixaram a alma num desses grandes jogos que nos lembram que a luta pela despromoção pode ser tão emocionante como a luta pelo título. Além disso, nos Balaídos, os chés festejaram a vitória por 2-1 quase como se fosse um troféu.
O primeiro tempo expôs uma dupla realidade: o Celta, dono da bola, dominou o ritmo do jogo quase à vontade. O Valência, consciente do que estava em jogo em Balaídos, fechou fileiras, esperou na defesa e, aos 7 minutos, conseguiu um precioso golo graças a uma excelente acção colectiva que Kluivert definiu com um remate cruzado à esquerda de Iván Villar.
O remate de Kluivert foi antológico, mas a jogada anterior de Diego López, um jogador da casa que, face às ausências, assumiu o lugar no flanco direito, foi fenomenal. López arrastou os seus marcadores, conduziu a bola para a área e, em grande plano, passou a bola ao holandês, que rematou para colocar o Valência em vantagem em Vigo.
Aos 22 minutos, a resposta do Celta: Hugo Mallo quase empatou o jogo com um cabeceamento que, felizmente para o Valência, foi travado por Mamardashvili. Renato Tapia, com um remate feroz, também assustou o guardião georgiano, que manteve a vantagem de 1-0 até ao intervalo.
O início da segunda parte foi um turbilhão de oportunidades: primeiro, o Celta assustou o Valência com um remate de Seferovic que Mamardashvili defendeu. Depois, Renato Tapia, com um cruzamento providencial, impediu o segundo golo dos visitantes um minuto mais tarde.
Reveja aqui as principais incidências da partida
O Valência, nessa altura, dominava o jogo. Los Chés, no entanto, perderam várias oportunidades e, infelizmente, Balaídos não é um lugar onde a misericórdia é bem-vinda.
Quando o Valência estava no seu melhor, o Celta chegou ao golo do empate. Seferovic, que já tinha sido avisado cedo, cabeceou um cruzamento e acabou por bater Mamardashvili aos 60 minutos.
Com o golo, o Celta ficou mais animado. Os galegos estiveram perto do segundo golo com um remate de Óscar que acertou no poste. Depois, outro cabeceamento foi bloqueado por Mamardashvili aos 81 minutos.
A piedade, que castigou o Valência no início da segunda parte, voltou a lembrar ao Celta que perdoar acções em Balaídos é um pecado. Os Chés, graças a outro contra-ataque, marcaram, com uma cabeçada de Mari, um 1-2 que foi festejado como nunca no banco de suplentes de Baraja .
O Celta, perto do fim, tentou empatar a partida. Gabriel Paulista deixou o Valência com 10 homens. Os galegos, mais com emoção do que com futebol, aproximaram-se da baliza de Mamardashvili, mas nessa altura até Hugo Duro e Moriba jogavam como defesas.
Com o resultado, o Valência subiu ao 14.º lugar, com 37 pontos, fruto de 10 vitórias, sete empates e 17 derrotas. O Celta, por sua vez, permanece na 13.ª posição, com 39 pontos, fruto de 10 vitórias, 9 empates e 15 derrotas.