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Com André Silva no banco dos txuri-urdin, a novidade foi mesmo para a titularidade de Nuno Mendes na linha defensiva do PSG, com a batuta do meio-campo entregue a Vitinha, enquanto Danilo e Gonçalo Ramos ficaram no banco. A influência do lateral português fez-se notar logo nos primeiros instantes, ao afastar um cruzamento na hora H quando Kubo se preparava para reabrir a eliminatória.
Com o 2-0 da primeira mão, os parisienses sabiam que um golo selava praticamente o apuramento e com um Mbappé determinado a deixar a sua marca antes de deixar o clube, as transições nos pés do avançado eram venenosas, como ficou a saber Traoré, que ficou pelo caminho num lance em que Remiro mostrou grandes reflexos para evitar o golo de Barcola na pequena área.
Anotar no Anoeta tem tanto de poético como de predestinado para alguém que faz o futebol parecer tão fácil. Aos 15 minutos, um belo passe de Dembelé descobriu o compatriota na área sobre o lado esquerdo e, depois de uma simulação, Mbappé disparou para o buraco da agulha e rebentou com a rede da baliza de um Remiro que só teve olhos para acompanhar a bola.
O guarda-redes espanhol ainda brilhou com uma grande defesa para evitar o bis do francês na primeira parte depois de um erro de Oyarzabal. La Real até estava a dividir bem o jogo perante os milionários, mas a solidez defensiva dos parisienses - com destaque para Beraldo -, tornava a noite muito tranquila para Donnarumma.
Em cima do descanso, Kubo tentou a sorte de longe com um remate forte que saiu perto do poste. Numa primeira parte equilibrada, só mesmo a magia de Mbappé fez pender a balança para os forasteiros.
O reatamento trouxe Kang-In Lee para o lugar de Barcola e... mais um golo de Mbappé. Pressionada pelo resultado, a Real Sociedad subiu linhas e o PSG, com uma troca de bola própria de Luis Enrique, sentenciou o jogo graças a um excelente passe de Fabian Ruiz a isolar o francês que, na cara de Remiro, simulou o remate em arco e atirou para o primeiro poste.
Nuno Mendes saiu pouco depois, enquanto Alguacil aproveitou para lançar os jovens Barrenetxea e Turrientes, que vieram agitar as bancadas do Anoeta. Com três minutos em campo, Barrene marcou de cabeça, mas o tento foi anulado por fora de jogo... de meia cabeça. Pouco depois, Oyarzabal ficou a centímetros de chegar ao cruzamento rasteiro de Galán.
A entrada de André Silva ofereceu mais poder de fogo à turma de Alguacil que melhorou consideravelmente depois das mexidas, mas quando finalmente acertou na baliza, encontrou um muro chamado Donnarumma. O guarda-redes italiano brilhou ao travar o remate à queima-roupa de Turrientes.
Quando não era o guardião, algo se intrometia, como testemunhou o recém-entrado Olasagasti que rematou colocado, mas um defesa desviou para canto. Ainda assim, no seguimento dessa jogada de insistência, a bola sobrou para Merino rematar de primeira e apontar o tento de honra basco na eliminatória,
Nos descontos, Vitinha desperdiçou a oportunidade de deixar a sua marca na partida, servido pelo intratável Mbappé, mas Remiro fez bem a mancha e fechou o caminho da baliza. Apesar da derrota, o estádio levantou-se para aplaudir e cantar pelos txuri-urdin, num belo momento de futebol.