Lyon 3-2 PSG
O primeiro ato da dupla jornada para determinar o clube francês que irá disputar a final da Liga dos Campeões Feminina. Em casa, o Olympique Lyon, oito vezes vencedor da competição, estava determinado a assumir a liderança antes de viajar para casa do Paris Saint-Germain, que não ainda não venceu um título europeu.
Desde o início, as parisienses decidiram entregar a iniciativa e partir para o contra-ataque. Aos poucos, porém, o Lyon aumentou a pressão, com Delphine Cascarino a rematar por cima (7') e Lindsey Horan a tentar em vão (9').
Mas o que se viu foi um domínio estéril. O Lyon tropeçava em frente à área parisiense, acabando por arriscar de longe, com Damaris Berta a obrigar Constance Picaud a uma bela defesa (23'). Apenas uma Cascarino animada na ala oferecia perigo e após a internacional francesa ter ganho um canto, Horan teve uma excelente oportunidade com um remate rasteiro que foi defendido por uma inspirada Picaud (30').
No entanto, a guarda-redes parisiense falhou num livre aéreo inofensivo, não aproveitado por Wendie Renard (35'). A pressão do Lyon aumentou e Cascarino ameaçou o golo, mas foi o PSG a marcar. Sandy Baltimore ultrapassou duas jogadoras do Lyon na área e passou para Katoto e bateu Christiane Endler.
Não havia alternativa para o Lyon: era preciso partir para o ataque. Com menos de três minutos na segunda parte, as parisienses jogavam com a bola na frente da área e, quando o remate de Tabitha Chawinga foi bloqueado, caiu nos pés de Katoto, que não desperdiçou a oportunidade.
O PSG teve boas ocasiões para dilatar a vantagem, não o fez e foi aí que apareceu o Lyon para uma reviravolta impressionante, iniciada por Kadidiatou Diani (80').
A partir daí, começou a parte mais difícil para o PSG. A pressão do Lyon foi incrível, a equipa estava transformada, e bastaram quatro minutos para Dumornay bater Picaud e reavivar completamente o jogo.
A partir daí, o resultado era inevitável. O PSG tinha desaparecido do jogo e a questão não era se o Lyon iria passar para a frente, mas sim quando. Foram precisos apenas três minutos, o tempo necessário para Amel Majri fazer o 3-2 com um remate cruzado e consumar a reviravolta incrível da equipa da casa.
Barcelona 0-1 Chelsea
Parecia uma missão muito difícil para as londrinas que, longe de serem uma presa fácil na teoria, estavam bem cientes do poderio quase absoluto das catalãs ao longo dos últimos anos e que não perdiam em casa desde fevereiro de 2019. Mas como todas as eras chegam ao fim, a manhã deste sábado parecia perfeita para uma mudança de guarda.
Especialmente quando o banco de suplentes é ainda ocupado por Emma Hayes, que vai conduzir a seleção feminina dos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos, e pretende despedir-se em glória ao fim de uma passagem muito bem sucedida de 12 anos no banco das blues.
Ora, dentro de campo viu-se bem a mão da treinadora e pouco do domínio habitual do Barcelona (que enfrentou o Benfica na fase de grupos), com as culés muito amarradas e sem espaços para criar oportunidades de golo. A colombiana Mayra Ramírez era o farol ofensivo das londrinas, segurando a bola sempre que possível para espreitar a área adversária.
Num desses lances, Nusken apareceu na área e com um belo trabalho tirou uma defesa da frente, antes de servir a capitã Cuthbert que com uma remate forte e colocado fez o único golo do encontro, aos 40 minutos.
O Barça reentrou com tudo na segunda parte, lançando Alexia Putellas e Lucy Bronze, mas não chegava perto da baliza de Hampton para ameaçar o empate. Logo no reatamento houve uma grande penalidade assinalada por mão de Buchanan, que Mariona quis cobrar rapidamente, até que o VAR alertou para a posição de fora de jogo de Salma Paralluelo, anulando assim o lance.
A melhor oportunidade surgiu já no último dos nove minutos de compensação e foi uma perdida incrível para a duas vezes vencedora da Bola de Ouro: num livre longo ao segundo poste, Lucy Bronze cabeceou para a pequena área, onde a médio espanhola apareceu solta de marcação para fazer o desvio que saiu ao lado do poste.
A eliminatória está bem longe de estar fechada, mas o Barcelona tem agora a difícil missão de visitar Londres e fazer desabar a muralha londrina se quiser reconquistar o troféu.
