Tottenham 3-1 Nottingham Forest
Depois de uma vitória muito importante sobre o Fulham na última jornada, o Nottingham Forest, de Nuno Espírito Santo, poderia ganhar um bom fôlego na luta pela manutenção na visita ao estádio do Tottenham.
No entanto, os Shaky Trees começaram a abanar na primeira parte com o golo na própria baliza de Murillo, aos 15 minutos, que soltou a festa nas bancadas de Londres. De recordar que a turma de Ange Postecoglou continua viva numa luta apertada pelos lugares de acesso à Liga dos Campeões.
Apesar da posição precária, não falta qualidade individual - e coletiva - na equipa do português. Isso voltou a ficar provado quando, aos 27 minutos, Chris Wood foi o feliz finalizador de uma belíssima jogada coletiva sobre o flanco direito, após cruzamento de Elanga. A igualdade manteve-se até ao intervalo, mas não durou muito mais do que isso.
Não há muito que um treinador possa fazer quando os seus jogadores simplesmente se limitam a defender com o olhar. Num golpe duplo, o defesa Micky van de Ven aproveitou o espaço à entrada da área para demonstrar que também sabe rematar e disparou um míssil sem hipóteses para Matt Sels.
Pouco depois, Werner fugiu sobre a esquerda e cruzou para a área, Bentacur desvio de cabeça e, completamente sozinho, o ex-Sporting Pedro Porro rematou de primeira, com toda a defesa a olhar.
Nos últimos minutos, o Nottingham ainda esboçou uma reação sem levar perigo à baliza de Vicario, enquanto Matt Sels ainda teve trabalho ao desviar o remate de Son para o poste. Os Spurs subiram ao quarto lugar, em igualdade com o Aston Villa, enquanto os Shaky Trees têm os mesmos pontos do antepenúltimo Luton.
Sheffield 2-2 Chelsea
Motivados pela fantástica reviravolta nos descontos perante o Manchester United, o Chelsea visitou o lanterna-vermelha Sheffield à procura de um resultado tranquilo que desse alguma motivação para o que resta da época. Por seu lado, os Blades, praticamente condenados à despromoção, queriam vencer para ainda sonhar com a manutenção na elite.
Porém, conseguir esse feito é praticamente impossível quando há tantas debilidades defensivas. Os Blues sabiam disso e inauguraram o marcador bem cedo no encontro, quando Thiago Silva apareceu sozinho no coração da área para desviar de primeira o canto cobrado por Gallagher.
Ainda assim, quem também demonstra graves falhas na retaguarda, principalmente para uma equipa que quer lutar pelo topo ou pelos lugares europeus - já uma miragem esta época -, é a turma de Pochettino. Com alguma sorte à mistura (e muita desatenção de Cucurella), Bogle ganhou a linha de fundo e tirou um cruzamento traiçoeiro que foi desviado para a própria baliza por Petrovic.
Os anfitriões até entraram melhor na segunda parte e somaram mais ocasiões de perigo, mas a qualidade individual do Chelsea é, indubitavelmente superior, e isso ficou provado no golo da vitória anotado por Madueke. Com muito espaço, o extremo fletiu da direita para o centro, antes de rematar ao primeiro poste, enganando Grbic, que não ficou isento de culpas.
Os Blades, no entanto, nunca baixaram os braços e num lance de insistência na grande área adversária, caiu do céu o golo do empate. Mérito de Oliver McBurnie, que esperou pelo momento certo para fugir nas costas da defesa e fazer o desvio na cara de Petrovic.