Diretor da Serie A italiana promete "tolerância zero" para o racismo

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Diretor da Serie A italiana promete "tolerância zero" para o racismo
Luigi De Siervo, diretor executivo da Serie A
Luigi De Siervo, diretor executivo da Serie AProfimedia
O futebol italiano vai adotar uma abordagem de "tolerância zero" em relação aos adeptos racistas, utilizando a tecnologia para ajudar a identificar os infractores e proibi-los de entrar nos estádios, afirmou esta terça-feira o diretor da Serie A, Luigi De Siervo.

A questão dos abusos racistas contra jogadores está no topo da agenda do futebol europeu, depois de Vinicius Jr. (22 anos), do Real Madrid, ter sido alvo de insultos durante o jogo contra o Valência, em Espanha.

"Há nos estádios, tal como na sociedade, uma percentagem de pessoas racistas", disse aos jornalistas o diretor executivo da Serie A, Luigi De Siervo.

"Hoje em dia, com a tecnologia e os microfones dos estádios, podem ser ouvidos e nós podemos puni-los. É uma batalha, como um tumor que temos de remover sistematicamente", acrescentou.

De Siervo recordou que a Itália proibiu a entrada de cerca de 170 adeptos da Juventus depois de estes terem insultado Romelu Lukaku, do Inter Milão, durante a meia-final da Taça de Itália, no mês passado, e considerou que este é um exemplo do"caminho para a tolerância zero" em relação aos racistas.

O governo italiano vai investir 10 milhões de euros para promover a Serie A no estrangeiro, utilizando o patrocínio para apoiar a sua própria campanha de exportação Made in Italy, disse De Siervo aos jornalistas durante a conferência de imprensa.

A Serie A tem ficado atrás da Premier League inglesa e da La Liga espanhola em termos de receitas, e o futebol italiano tem-se debatido com a violência dos adeptos e outros escândalos.

A Juventus, o clube mais bem sucedido do futebol italiano, viu serem-lhe retirados 10 pontos na segunda-feira, no âmbito de um dos inquéritos à contabilidade do clube.

De Siervo, porém, defendeu que o investimento de fundos estrangeiros nos últimos anos mostra que a Serie A está a recuperar, com a presença de clubes italianos nas três principais finais europeias desta época a sublinhar essa mesma recuperação.

O caso da Juventus, relacionado com a contabilização das transferências, mostra que a Itália está a resolver um problema que afeta todo o sector.

"Somos o único país maduro que olha para o problema e tenta resolvê-lo para o futuro", defendeu o diretor.