Antes de Carpini, Luis Zubeldía era a opção do São Paulo. Todavia, as negociações entre as partes não evoluíram e a equipa do Morumbi optou por outro comando técnico naquela ocasião.
Desta vez, os caminhos voltaram a cruzar-se e o acerto, enfim, aconteceu. De acordo com Zubeldía, as negociações não fluíram em janeiro devido a situações pessoais. O argentino chegou a ser criticado por Muricy Ramalho na ocasião, por não querer reunir-se com os diretores do São Paulo.
"Em janeiro falámos, mas por questões pessoais, por ter saído de outro clube, de outro país, precisava de um tempo para me preparar para o próximo desafio. Depois, cruzámo-nos agora e não duvidei em assumir, pela grandeza do clube, do plantel", afirmou Zubeldía aos jornalistas.
O planeamento apresentado pelo presidente Julio Casares foi determinante para a escolha do treinador argentino, que revelou ter recebido outras propostas, mas fechou com o São Paulo em "cinco minutos".
"Tive várias ofertas, de várias ligas, mas queria estar aqui. A prioridade foi recompor-me em todos os sentidos para poder aceitar novos desafios. Mas sempre tive a sensação que nos cruzaríamos. Enfrentámo-nos na Sul-Americana e senti que o meu destino podia estar aqui. Quando falámos com o presidente, em cinco minutos fizemos o acordo. Foi uma conversa muito sincera. Contei o que tinha acontecido em janeiro e mostrei a minha gana de chegar. Os meus objetivos são os mais altos possíveis", projetou o ex-treinador da LDU Quito.
Zubeldía vai estrear-se no comando do São Paulo na próxima quinta-feira, quando o Tricolor terá como adversário um velho conhecido do argentino, o Barcelona, em Guayaquil, na terceira jornada da fase de grupos da Libertadores.
"Tenho carinho pelo Barcelona, sempre querem que eu volte. Nesse respeito, vou defender as cores do São Paulo. Sou agradecido a um clube que se portou bem comigo", salientou Zubeldía, que também falou sobre o seu estilo de jogo.
"O mais importante é o que falámos com a direção. Há jogadores de diferentes características, dentro de uma ideia maior, planificar partidas de diferentes maneiras. Poder jogar com dois atacantes, vários médios, extremos. Apesar do calendário, ter jogadores que se adaptam a várias situações acelera a minha adaptação", observou o novo treinador do São Paulo.