"Face a esta situação sem precedentes, que está a enfraquecer a instituição, e após consulta com os presidentes do Top 14 e Pro D2 (os campeonatos da modalidade no país), a direcção do Liga Nacional de Râguebi considera que é apropriado trazer paz ao râguebi francês através da organização pela FFR de novas eleições, tal como solicitado pela Ministra do Desporto", assumiram os responsáveis.

"Esta abordagem permitirá que os novos dirigentes nomeados avancem serenamente para os grandes eventos que se avizinham para o râguebi francês", acrescentaram, apontando ao Campeonato do Mundo da modalidade que se realiza em França entre 8 de setembro e 28 de outubro do próximo ano.

Bernard Laporte e o empresário Mohed Altrad, presidente do Montpellier, foram condenados por corrupção, devido a um esquema ligado em particular ao patrocínio da camisola da seleção francesa.

Em funções desde o final de 2016, o presidente da FFR foi considerado culpado de cinco dos seis crimes pelos quais foi acusado, incluindo corrupção passiva e tráfico de influência.

Como Bernard Laporte recorreu da decisão, a pena de prisão suspensa e a proibição de dois anos de exercício da presidência da FFR não são imediatamente aplicáveis.

Contudo, a Ministra do Desporto, Amélie Oudéa-Castéra, apelou a "um novo período democrático que permita ao râguebi francês recomeçar o mais rapidamente possível sobre bases suficientemente saudáveis e sólidas".

"Este novo contexto é um obstáculo para Bernard Laporte poder continuar a sua missão em boas condições à frente de uma federação delegada com uma missão de serviço público, numa altura tão decisiva para o râguebi francês como a reta final antes de um Campeonato do Mundo, durante o qual a França receberá nações de todo o mundo", vincou.